Azul (AZUL4) define data para emissão de 96 milhões de ações preferenciais a arrendadores

A Azul (AZUL4) anunciou nesta sexta-feira (28), que a emissão das ações preferenciais para seus arrendadores está programada para o dia 3 de abril de 2025, tal processo de emissão ocorre no âmbito de uma subscrição privada de novas ações preferenciais.

Segundo a companhia, essa medida visa a eliminação das obrigações de emissão de ações devidas aos arrendadores, no valor total de aproximadamente US$ 525 milhões (cerca de R$ 3,1 bilhões), em troca de 96.009.988 ações preferenciais.

A subscrição dessas ações foi acordada com os arrendadores, que se comprometeram a adquirir as ações preferenciais em troca da quitação das obrigações financeiras pendentes.

Além disso, foi definido um período de subscrição para as ações não subscritas, que teve início em 25 de março de 2025 e se estenderá até 31 de março de 2025.

O processo de emissão das ações ocorrerá conforme o cronograma, com a expectativa de que a operação seja concluída em 3 de abril.

A operação

Um ponto importante dessa operação da Azul é a restrição de lock-up imposta sobre as ações preferenciais recebidas pelos arrendadores.

Esses lock-ups determinam que as ações não poderão ser negociadas imediatamente após a emissão, mas terão uma liberação gradual, conforme o seguinte cronograma:

• 25.727.565 ações preferenciais serão liberadas em 3 de julho de 2025;
• 36.866.279 ações preferenciais serão liberadas em 3 de outubro de 2025;
• 11.138.715 ações preferenciais serão liberadas em 3 de janeiro de 2026;
• 11.138.715 ações preferenciais serão liberadas em 3 de abril de 2026;
• 11.138.715 ações preferenciais serão liberadas em 3 de julho de 2026.

Além disso, a Azul também está finalizando negociações com seus credores, em particular com os detentores de suas notas de segundo grau, com o objetivo de converter US$ 274,6 milhões de dívida em ações preferenciais, a um preço de R$ 3,58 por ação preferencial, até o dia 30 de abril de 2025.

Embora as ações preferenciais e os ADRs sejam livremente negociáveis, a companhia ainda está em processo de discussão com alguns credores para firmar acordos de lock-up adicionais, embora não haja garantia de que tais acordos sejam formalizados.