A agência classificadora de risco, S&P Global, rebaixou a classificação da Azul (AZUL4) de “CC” para “default seletivo” (SD) – atribuição dada quando uma empresa deixa de pagar uma obrigação financeira específica, mas continua honrando outras dívidas.
A classificação acontece após a companhia anunciar a conclusão de sua reestruturação financeira. Segundo a empresa, foi concluído a troca de sua dívida referente às notas de 2028, 2029 e 2030, além de títulos conversíveis.
Diante disso, a S&P considerou dessa forma a troca da dívida porque os credores receberam menos do que o originalmente acordado.
Isso significa que, embora a companhia tenha evitado uma inadimplência generalizada, houve uma reestruturação forçada da dívida, o que tecnicamente configura um calote parcial.
No entanto, a S&P alertou que, sem essa reestruturação, a empresa poderia ter enfrentado um cenário de inadimplência ou até mesmo falência, devido às restrições de liquidez e ao cenário financeiro desafiador.
Ainda segundo a Azul, como parte da operação, também foi concluída a emissão de US$ 500 milhões em notas super prioritárias com vencimento em 2030, garantindo maior liquidez imediata.
Apesar da melhora na posição de caixa e da redução dos riscos de refinanciamento no curto prazo, a S&P afirmou que a alavancagem da companhia continuará elevada.
Além disso, a volatilidade cambial, especialmente com a desvalorização do real, pode impactar os resultados da Azul.
A agência indicou que reavaliará a nova estrutura de capital da empresa e poderá elevar as notas de crédito nos próximos dias.