
Os principais acionistas da Azzas 2154 (AZZA3), Alexandre Birman e Roberto Jatahy, tentam renegociar suas posições na companhia, menos de oito meses após a fusão entre Arezzo e Grupo Soma, informou o site Pipeline, do jornal Valor Econômico. Ambos contam com assessores financeiros e jurídicos na tentativa de traçar uma solução para os impasses na gestão do grupo, embora a resolução não deva ocorrer rapidamente.
Birman, CEO da Azzas (AZZA3), tem sido assessorado pelo Morgan Stanley e pelo Spinelli Advogados, enquanto Jatahy mantém representação pelo G5 e pelo Barbosa Mussnich. Uma das alternativas discutidas, de acordo com o site, tem sido a cisão das operações, mas o formato original foi descartado devido a possíveis passivos fiscais e à repercussão negativa no mercado.
No modelo em estudo, a Hering permaneceria no grupo Arezzo.
A tensão entre os dois empresários cresceu nos últimos meses, o que refletiu-se nas dinâmicas da gestão. Enquanto Birman busca uma administração mais centralizada, Jatahy prefere maior autonomia para sua unidade de moda feminina. Para contornar o impasse, Birman propõe adquirir a parte de Jatahy na Azzas, e assim permitir a saída do fundador do Grupo Soma. Entretanto, a negociação esbarra na questão do financiamento e na valorização da companhia, de acordo com o Pipeline.
A Azzas 2154 registrou prejuízos financeiros desde a fusão, com aumento de dívida e queima de caixa. A ação da companhia registrou queda expressiva, em reflexo à falta de sinergia entre as lideranças. O presidente do conselho de administração (CA), Pedro Parente, tem tentado mediar o conflito, mas ainda sem avanços significativos.
As informações são do site Pipeline, ligado ao jornal Valor Econômico.