Os dados operacionais de março da B3 (B3SA3) vieram bem fracos para o BTG Pactual, ficando abaixo do que o banco esperava. Por isso, o BTG decidiu reduzir o preço-alvo para a B3SA3 de R$ 16,00 para R$ 13,50.
O banco observou volumes mais baixos no primeiro trimestre da Bolsa e tem expectativa de menores volumes de negociação daqui para frente.
Segundo a análise do BTG, a situação econômica tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil contribuiu para uma curva de juros local mais elevada, o que impactou negativamente o desempenho da B3 no mercado.
A inflação nos EUA e as expectativas em deterioração para as contas fiscais do Brasil foram citadas como catalisadores dessa situação.
A estimativa é de um volume médio diário de negociação (ADTV) de R$ 24,5 bilhões em 2024, ante a projeção anterior de R$ 26 bilhões.
Já o lucro por ação do período de 2024 a 2026 deve ser 5% menor que o projetado anteriormente.
Embora as ações B3SA3 sejam negociadas a um preço atrativo — considerando a queda de 23% neste ano —, o BTG Pactual manteve a classificação neutra para o ativo.
Apesar disso, o banco acredita que a B3 irá apresentar um desempenho melhor do lado dos custos, considerando que os resultados recentes foram afetados por fatores não recorrentes, como gastos com o programa Desenrola.
"Mesmo que haja otimismo em relação às perspectivas de longo prazo da empresa, é interessante se manter cauteloso no curto prazo, dada a volatilidade e as incertezas presentes no mercado", conclui o BTG.