Os produtos ligados a juros no mercado de derivativos bateram recordes de negociação na bolsa em 2023. Dados da B3 (B3SA3) mostram que foram negociados 1,2 bilhão de contratos no ano, o que equivale a uma média de 4,8 milhões de contratos por dia (ADV), um crescimento de 60% em relação a 2022.
O destaque foi o EDS (Exchange Defined Strategies), lançado em maio de 2022, que se consolidou ao longo de 2023 com 30,9 milhões de contratos negociados.
O número é mais de 80 vezes maior do que os 370,4 mil negociados em 2022. O ADV deste produto passou de 2,5 mil para 124 mil contratos negociados diariamente.
O ativo é uma combinação de dois vencimentos diferentes de um contrato para quem quer negociar estratégias da curva de juros do país. Através da negociação, os clientes ganham eficiência operacional e tarifária, em alguns casos chegando a uma redução de até 90% nos custos, se comparado à operação via contratos individuais.
“2023 foi um ano importante para consolidação desses produtos. Os números mostraram um desempenho muito acima de anos anteriores, confirmando que todas as mudanças e lançamentos realizados nos últimos anos pela B3 fizeram com que os produtos aderissem melhor à estratégia dos investidores. Estamos atentos às demandas do mercado para continuar aperfeiçoando nosso portfólio”, afirma Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3.
O Futuro de DI, derivativo de juros mais negociado do mundo (em quantidade de contratos), teve um salto de 32% na média diária de contratos negociados, partindo de 2,6 milhões de contratos em 2022 para 3,5 milhões em 2023.
Na Opção de Copom, produto que permite negociar a variação da taxa Selic meta, a média do número de contratos negociados por dia quase dobrou, passando de 1,7 mil em 2022 para 3,1 mil contratos em 2023.