A XP Investimentos publicou um relatório sobre os grandes bancos tradicionais brasileiros Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11).
No material, os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães incorporam novas estimativas para as ações das instituições, com a assimilação de novas premissas macroeconômicas como a manutenção dos juros em patamares elevados, o baixo crescimento econômico previsto para o próximo ano e o nível de endividamento recorde entre pessoas físicas e a atitude dos bancos para não comprometer suas respectivas taxas de inadimplência.
Para Manda e Guimarães, os grandes bancos tornaram-se gradualmente mais cautelosos em suas concessões de crédito, elevaram as exigências e reduziram seletivamente os limites pré-aprovados. Os analistas esperam que a abordagem conservadora se mantenha no próximo ano.
Com isso, deve haver um crescimento menor das carteiras de crédito, e, consequentemente, menor exposição ao risco na tentativa de conter a inadimplência. Manda e Guimarães projetam o pico do evento no primeiro semestre de 2023.
No relatório, a XP Investimentos destacou o Itaú (ITUB4) como sua principal escolha, devido a taxa de inadimplência considerada saudável e o índice de cobertura que, segundo os analistas, devem ser fatores-chave para aliviar a pressão por maiores provisões.
Com isso, mantêm recomendação de compra para os papéis, ao preço-alvo de R$ 34,00.
Para o Banco do Brasil (BBAS3), destacam a recente mudança na Lei das Estatais, que provocou os ânimos do mercado ao adicionar incertezas em relação a governança corporativa da instituição.
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O montante corresponde a R$ 0,179570675 por ação ordinária e R$ 0,197527743 por ação preferencial
Analistas creem que os papéis continuarão pressionados ao longo do primeiro ano do novo governo Lula (PT), e potencialmente mais volátil até que essas incertezas sejam resolvidas.
Apesar disso, mantiveram a recomendação de compra para as ações, ao preço-alvo de R$ 61,00.
Em relação ao Bradesco (BBDC4), pontuaram o aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa, oriunda do aumento da inadimplência, como um peso para os papéis no próximo ano. Uma gradativa recuperação pode ocorrer já no segundo semestre, estimaram Manda e Guimarães.
Analistas mantiveram a recomendação neutra, ao preço-alvo de R$ 18,00.
E, por fim, quanto ao Santander (SANB11), analistas elevaram a recomendação de venda para neutra, com preço-alvo de R$ 34,00.
Analistas citaram o ajuste do valuation do banco e veem as ações negociadas a preço justo, atualmente.
Ipê Investimentos
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