As estatais Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR3)(PETR4) recuavam 0,58%, 2,45% e 3,13%, às 14:24 desta sexta-feira (18), cotadas aos preços de R$ 34,30, R$ 30,20 e R$ 26,31, respectivamente.
As empresas sentiam o impacto da notícia de que Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, voltou da viagem que fez ao Egito na comitiva do presidente eleito Lula (PT) à COP27 como o favorito para ocupar o posto de ministério da Fazenda, de acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A notícia sinaliza ao mercado um governo mais parecido com as gestões anteriores do PT do que o prometido durante a campanha eleitoral, quando uma frente ampla com economistas liberais e criadores do Plano Real em torno da candidatura de Lula.
Em seu relatório mais recente sobre o BB, apesar das sinalizações de política mais expansionista, o J.P. Morgan reiterou sua recomendação neutra para o Banco do Brasil (BBAS3), mas elevou o preço-alvo para as ações de R$ 47,00 para R$ 50,00.
No material, analistas destacaram que existem boas tendências de bons resultados ao banco público à frente. Eles alegam ainda que preferem aguardar mais movimentações, mas pontuam que houve melhoria na governança de empresas estatais ao longo dos anos.
Para a Petrobras (PETR3)(PETR4), as recomendações, em consenso, são pessimistas. O mesmo J.P. Morgan cortou o preço-alvo drasticamente em R$ 16,00, de R$ 53,00 para R$ 37,00, com indicação neutra reiterada para as ações preferenciais.
Analistas citaram incertezas com a gerência da estatal, os planejamentos de refinarias e a contrariedade do governo eleito à política de megadividendos.
Sobre o último tema, o Goldman Sachs escreveu que via o episódio “como negativo, pois cria incerteza adicional sobre se o novo governo vai considerar reduzir os proventos para fomentar investimentos em refino e energias renováveis, entre outros”.
O banco tem como preço-alvo para os papéis preferenciais o valor de R$ 31,40 e a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 34,60 para as ações ordinárias.