
Em relatório, o Itaú BBA rebaixou a recomendação sobre as ações de Bradesco (BBDC4) de marketperform (neutro) para underperform (venda), ao valor justo de R$ 14,00.
A revisão sucede os recentes embates que grandes bancos tradicionais enfrentam com a varejista Americanas (AMER3), que, no início do mês, divulgou inconsistências contábeis e declarou uma dívida superior a R$ 41,0 bilhões.
De acordo com os analistas, os desdobramentos negativos são mais amplos que o esperado e pode até mesmo alavancar um ciclo de inadimplência (NPL, ou non performing loan) corporativa normalizado, especificamente para pequenas e médias empresas (PMEs).
Eles veem uma tempestade perfeita para os lucros de Bradesco neste (R$ 20,4 bilhões) e no próximo ano (R$ 24 bilhões), com menor crescimento da carteira de empréstimos. Para o Itaú BBA, a margem líquida de juros dos clientes vai enfraquecer e os custos do crédito vão subir.
No material, o Itaú BBA citou ainda incertezas políticas, inclusive em relação ao CARF, já que disputas fiscais judiciais tendem a crescer com as recentes sinalizações do Ministério da Fazenda.