Em relatório, o banco norte-americano Morgan Stanley promoveu um rebaixamento para a recomendação sobre as ADRs de Itaú (ITUB4) negociadas em Nova York, de overweight (equivalente a compra) para equalweight (equivalente a neutra), com o preço-alvo cortado de US$ 7,20 para US$ 6,80.
No mesmo material, os analistas mantiveram a indicação de compra para as ADRs de Bradesco (BBDC4), com a elevação do preço-alvo em US$ 0,10, a US$ 5,10. O MS se queixou de um sentimento atual excessivamente negativo sobre o banco, além de um valuation deprimido, e, com isso, reiterou sua confiança nos papéis.
Quanto ao Santander (SANB11), houve ajuste positivo, de US$ 7,50 para US$ 8,00, com classificação overweight mantida.
De acordo com o MS, as revisões precificam uma possível queda na taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Com base nisso, o Itaú (ITUB4) costuma ser penalizado por cortes, como mostra o seu histórico.
Analistas relembram que o banco apresentou resultados menos favoráveis com juros mais baixos.
Contudo, na avaliação geral da instituição financeira, os bancos de grande capitalização no Brasil ainda são atraentes. Analistas acham que os mesmos podem entregar crescimento atrativo em categorias como lucro por ação e em retornos sobre o patrimônio líquido num período prolongado de doze a dezoito meses.
Para o Morgan Stanley, o que influenciaria esses resultados positivos são o crescimento saudável dos empréstimos, as margens líquidas de juros resilientes e uma melhora ou estabilidade da qualidade dos ativos somados a um rígido controle de custos.