A Brava Energia (BRAV3), nova gigante do setor energético brasileiro, fruto da incorporação da Enauta pela 3R Petroleum, reverteu o prejuízo do ano passado e registrou um lucro líquido expressivo de R$ 498,3 milhões no terceiro trimestre de 2024.
A recuperação impressiona, considerando o déficit de R$ 349,9 milhões no mesmo período de 2023.
No Ebitda (lucro antes juros) ajustado, a companhia também apresentou crescimento, atingindo R$ 727,4 milhões – um aumento de 7,7% em relação ao terceiro trimestre anterior, com a margem Ebitda ajustada subindo para 33,2%.
Embora a receita líquida tenha registrado uma queda de 10,7%, passando de R$ 2,456 bilhões para R$ 2,193 bilhões, a Brava Energia conseguiu reduzir significativamente seu custo de extração.
O lifting cost médio ponderado caiu 14,7% no ano, ficando em US$ 20,0 por barril, com destaque para a otimização das operações onshore nos Complexos Potiguar e Recôncavo e dos ativos offshore, como Papa-Terra, Atlanta e Pescada.
A redução de custos também refletiu no CPV, que recuou 9%, totalizando R$ 1,715,7 bilhão.
Outro ponto positivo foi o alívio no resultado financeiro líquido, que passou de um déficit de R$ 757,7 milhões no 3T23 para R$ 236,4 milhões negativos no terceiro trimestre de 2024.
A dívida líquida consolidada da empresa alcançou R$ 9,058 bilhões, com uma alavancagem de 2,7 vezes em relação ao Ebitda ajustado, destacando uma gestão financeira mais controlada e com foco em eficiência.