Negócio arriscado?

BRB (BSLI4) compra Banco Master e banqueiros questionam viabilidade: "Não deveria aprovar"

Fontes ouvidas pelo Broadcast sinalizam: “Qualquer um que sabe ler balanço de banco entende que não deveria aprovar"

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BRB - BSLI3 - BSLI4
Foto: Reprodução.

Banqueiros da Faria Lima ouvidos pelo Broadcast estão questionando a viabilidade da aprovação da compra do Banco Master pelo BRB – Banco de Brasília (BSLI3)(BSLI4). Segundo os analistas, há fragilidades nas finanças e estrutura operacional do banco adquirido.

“Qualquer um que sabe ler balanço de banco entende que não deveria aprovar”, disse uma das fontes.

O banco possui uma carteira de crédito baseada em precatórios e empréstimos para empresas sem liquidez, além de depender de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) para financiamento.

No entanto, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que o novo conglomerado não precisará de capitalizações adicionais além das que estão sendo analisadas pelo Banco Central (BC), que incluem uma operação de R$ 2 bilhões para o Banco Master e outra de R$ 750 milhões para o BRB.

Além disso, a aquisição do Banco Master envolve também a fintech Willbank, que, segundo analistas, enfrenta desafios relacionados à inadimplência elevada entre seus clientes de baixa renda.

A operação

O BRB – Banco de Brasília (BSLI3)(BSLI4) anunciou, na última sexta-feira (28), a celebração de um contrato com os acionistas controladores do Banco Master para a aquisição de ações da instituição.

De acordo com o contrato, o BRB passará a ser responsável por 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master.

A operação, estimada em R$ 2 bilhões, está sujeita à aprovação do Banco Central do Brasil (BC), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de outras aprovações regulatórias.

O objetivo da operação é a incorporação do Banco Master ao Conglomerado Prudencial do BRB, alinhando-se à estratégia de expansão do banco público e ao fortalecimento de sua posição no mercado financeiro.

Segundo comunicado oficial, o novo conglomerado buscará oferecer uma gama completa de produtos e serviços bancários, de seguridade, meios de pagamento e investimentos para pessoas físicas e jurídicas, além de consolidar uma estrutura robusta de governança e conformidade regulatória.