
O Banco de Brasília (BRB)(BSLI3) anunciou que não irá adquirir integralmente a carteira de crédito do Banco Master, conforme informado por seu presidente, Paulo Henrique Costa. O executivo afirmou que o banco manterá apenas os ativos com garantias e risco alinhado à sua estratégia de operação.
Em teleconferência sobre os resultados de 2024, Costa afirmou: “o que não tenha garantia, não tenha um fluxo com perfil de risco alinhado com nosso apetite, não ficará com a gente”.
Após as notícias, as ações do BRB (BSLI3) avançavam nesta quinta-feira (10). Por volta das 13:37 (horário de Brasília), as ações da companhia registravam uma alta de 2,71% a R$ 10,25.
Compra do Banco Master pelo Banco de Brasília
O acordo assinado no final de março prevê que o BRB fique com 58% do capital total do Master. A operação, no entanto, depende de uma reorganização societária prévia no Master.
Inicialmente, a estimativa era de que R$ 23 bilhões em ativos fossem deixados de fora da transação. Agora, o presidente do BRB revelou que esse volume aumentou e já atinge a marca de R$ 33 bilhões, de acordo com apuração do jornal Valor.
BRB foca em ativos líquidos e com baixa exposição a risco
Costa explicou que o BRB busca incorporar apenas os ativos e passivos mais líquidos do Banco Master. O objetivo é priorizar produtos que se encaixem em seu perfil estratégico da instituição financeira.
A diligência sobre os ativos do Master, conduzida com o apoio da consultoria PwC, está em andamento e deve ser concluída até o final da próxima semana.
Apesar de reconhecer os méritos da atuação do Banco Master, Costa deixou claro que o BRB seguirá outro caminho.
“Tem bancos grandes que atuam no mercado de precatórios, nem por isso não gostam dos ativos [do Master]. Mas a escolha do BRB é na busca de um chassi que complemente nossa atuação“, destacou Costa.