
As ações da Brisanet (BRIT3) estão em disparada nesta quinta-feira (21), um dia após a companhia divulgar seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2023 (4T23). Os papéis acumulam alta de 8,42%, cotados a R$ 3,99.
Os resultados apresentados pela empresa, vieram em linha com as estimativas do BTG Pactual, mas marcados por desafios, que, segundo a análise do banco, devem persistir neste ano.
No período, a Brisanet registrou uma receita líquida de R$ 325 milhões, aumento de 4,7% em relação ao trimestre anterior, conforme previsto pelo BTG.
O EBITDA (lucro antes juros) ajustado atingiu R$ 152 milhões, crescimento de 1,4% em relação ao mesmo intervalo de 2022, com uma margem de 46,6%, levemente acima das expectativas.
No entanto, a margem do EBITDA foi impactada por um aumento nas despesas comerciais, especialmente relacionadas ao seu negócio móvel, e um aumento nas dívidas duvidosas. Este último foi atribuído à natureza inicial do negócio móvel, que gerou custos sem gerar receita significativa.
Quanto ao lucro líquido do 4T, a Brisanet somou R$ 62,5 milhões, alta significativa de 97% em relação ao trimestre anterior. No entanto, este aumento foi impulsionado por uma reserva única de créditos tributários de R$ 23 milhões.
Em sua análise, o BTG Pactual ressalta a necessidade de maior transparência sobre os motivos por trás do reconhecimento desses créditos.
Além disso, o investimento em ativos fixos (Capex) foi de R$ 132 milhões no trimestre, abaixo das expectativas do BTG Pactual. No entanto, a dívida líquida permaneceu estável em R$ 746 milhões, resultando em uma alavancagem (dívida líquida/EBITDA) de 1,3x.
Embora a Brisanet seja negociada com um desconto em relação a outras empresas globais de telecomunicações, o BTG Pactual destaca que existem melhores opções de investimento devido aos riscos associados ao início do negócio 5G da empresa.
Mas ainda assim, o banco recomenda comprar ação a um preço-alvo de R$ 4,00 em 2024.