Nesta quinta-feira, 13, a Camil (CAML3) deve reportar os resultados do terceiro trimestre do ano safra / segundo trimestre do ano fiscal (junho-
agosto).
Em razão disso, Ágora Investimentos e Bradesco BBI ajustaram o modelo de avaliação da companhia e rolaram o preço-alvo para o final de 2023, que permanece em R$ 11,00 (vs. R$ 11,00 para o final de 2022), com a manutenção da recomendação neutra.
O consenso da Bloomberg tem apenas uma estimativa para os resultados do ano safra do 3T22 com EBITDA de R$ 244 milhões, enquanto os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França estimam um número menor de R$ 203 milhões.
Eles projetam que a Camil reporte uma contração da margem EBITDA de 0,5 p.p. em base anual com custos mais altos com matérias-primas, SG&A
(despesas de vendas, gerais e administrativas) e as verificações de canal sugerem alguma fraqueza nos volumes em agosto por parte dos varejistas no Brasil.
Analistas não veem um cenário que possa levar os preços do arroz a subir no Brasil, o que tem sido historicamente o principal impulsionador da Camil.
No entanto, a estratégia de aquisição da empresa que tem se concentrado recentemente nas histórias de turnaround no segmento de biscoitos e massas poderia tornar Ágora Investimentos e Bradesco BBI mais otimistas em relação ao nome, se a Camil conseguir obter ganhos de margem para estas novas operações.
A Camil negocia a um múltiplo EV/EBITDA estimado para 2023 de 5,5x (no preço-alvo, ela negociaria a 6,4x), amplamente de acordo com a média histórica de 5 anos de 6,5x.