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Casas Bahia (BHIA3) agrupa ações em 25:1, ativo cai e XP analisa; veja

Papéis chegaram a cair mais de 10% na última sexta-feira (15), quando o agrupamento entrou em vigor

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O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou, na última sexta-feira (15), o grupamento das ações ordinárias de emissão da companhia à razão de 25:1, sem alteração do atual capital social da empresa.

Dessa forma, a partir da data do anúncio, cada lote de 25 bônus confere o direito de subscrever uma ação, ao preço de exercício de R$ 20,00, afirma a companhia.

No dia que o agrupamento passou a valer, os papéis BHIA3 chegaram a cair mais de 10%. O ativo, que já valeu R$ 0,50, tinha caído 81% em 2023 e 17% no mês, e está cotado agora a R$ 11,17.

Em relatório sobre a prévia do rebalanceamento do Ibovespa para janeiro de 2024, a XP Investimentos destacou que o Grupo Casas Bahia corria grande risco de ser excluído dos principais índices da B3.

"O Ibovespa é o principal índice da Bolsa brasileira, e serve como um termômetro do mercado local por reunir as ações com maior índice de negociabilidade da B3. Para fazer parte do índice, o papel também tem que atender a critérios de presença em pregão, volume financeiro e não pode ser penny stock, ou seja, ativo cuja cotação seja inferior a R$ 1,00", explica a casa.

“Esse risco decorre do critério de Penny Stock, o que pode resultar em pressão significativa de venda da ação por parte dos fundos associados aos índices”, continuou o relatório.

Segundo o time de analistas da XP, o grupamento das ações poderia ser um passo vital para resolver esse problema e proteger a posição da empresa nesses índices.

Apesar disso, a casa mantém uma visão mais cautelosa para a ação BHIA3, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 17,70 por ação. 

"Uma vez que vemos desafios a serem enfrentados pela companhia como ambiente competitivo acirrado, taxas de juros ainda elevadas e poder de compra comprimido, bem como riscos de execução no plano de transformação do grupo", comenta a XP