
As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) se destacaram na sessão desta quarta-feira, 9 de abril, com alta de 12%, e encerraram o dia cotadas a R$ 7,28. O volume financeiro negociado atingiu R$ 79,90 milhões, valor estável em relação ao pregão anterior, que movimentou R$ 74,70 milhões.
O movimento de alta foi impulsionado, em parte, pela valorização das bolsas de Nova York (NY), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma suspensão temporária de 90 dias nas tarifas comerciais recíprocas — com exceção da China.
O mercado financeiro repercutiu positivamente os dados de vendas do setor varejista divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, as vendas cresceram 0,50% em relação a janeiro, considerados os ajustes sazonais. O desempenho levou o setor ao maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, e superou em 0,30% o recorde anterior, registrado em outubro de 2024.
O desempenho positivo sucede ainda a decisão do conselho de administração da companhia de retirar da ata da reunião as pautas que seriam votadas em assembleia-geral extraordinária (AGE) marcada para o dia 30 de abril.
Entre os temas retirados pelo Grupo Casas Bahia (BHIA3) estava a proposta de inclusão de uma cláusula de “poison pill” no estatuto social da companhia. Essa cláusula exige que qualquer investidor que atinja uma participação superior a 20% do capital, direta ou indiretamente, seja obrigado a fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) para os demais acionistas nas mesmas condições.
Na véspera da decisão, Michael Klein, acionista relevante e filho do fundador da companhia, desistiu de sua proposta de destituir o atual conselho de administração e assumir a presidência da empresa.
A retirada das pautas e a desistência de Klein reduziram as incertezas políticas internas, o que contribuiu para a valorização dos papéis no mercado.