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CCR (CCRO3): balanço deve permitir oferta por Congonhas na próxima semana, dizem analistas

Companhia apresentou lucro líquido de R$ 285 milhões no segundo trimestre

CCR - Divulgação
CCR - Divulgação

No segundo trimestre, a CCR (CCRO3) apresentou receita líquida de R$ 3,3 bilhões (crescimento anual de 33% e 36% maior em relação ao 2T19), EBITDA ajustado de R$ 1,9 bilhão (crescimento anual de 28% e 27% maior em relação ao 2T19) e lucro líquido de R$ 285 milhões (contra um prejuízo líquido de R$ 44 milhões no 2T21, e 18% menor em relação ao 2T19).

De acordo com os analistas José Cataldo, de Ágora Investimentos, e Victor Mizusaki, de Bradesco BBI, os fortes resultados devem permitir que a companhia realize uma oferta pelo aeroporto de Congonhas na próxima semana.

Os números comparáveis de mobilidade urbana excluem as linhas 8 e 9 da rede metropolitana de São Paulo, que começaram a operar em janeiro de 2022, enquanto os números comparáveis de aeroportos excluem os blocos Sul e Central (adicionados em março de 2022).

O custo caixa comparável aumentou 28% em um ano, levando a um EBITDA de R$ 1,9 bilhão, 7% acima do esperado, mas em linha com o consenso.

Por fim, as despesas financeiras líquidas subiram 105% em um ano, impulsionadas pelas taxas de juros mais altas, que resultaram em lucro líquido de R$ 285 milhões, acima do esperado de R$ 259 milhões, mas abaixo dos R$ 331 milhões do consenso.

Em razão disso, analistas mantiveram recomendação de compra para CCRO3, com preço-alvo de R$ 16,00 para o fim deste ano. 

Eles se baseiam no fato de a empresa estar bem posicionada para expandir seu portfólio de concessões de infraestrutura em 2022 e 2023, no potencial IPO da divisão de aeroportos da CCR, que possivelmente desbloquearia R$ 5,00 por papel CCRO3 e em uma TIR alavancada de 9,8% (em termos reais).