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CCR (CCRO3) desponta como opção atrativa de investimento de longo prazo, dizem analistas

Empresa registrou um lucro líquido ajustado de R$ 553,8 milhões no quarto trimestre do ano passado

CCR - Divulgação
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A CCR (CCRO3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 553,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, em reversão às perdas líquidas de R$ 217,10 milhões apurados em igual período de 2022.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 20,10% na comparação a ano, a R$ 1,90 bilhão, com a margem EBITDA em 55,30%. A receita líquida do grupo avançou 36,5% entre os meses de outubro a dezembro, para R$ 4,48 bilhões.

“Diante da situação financeira confortável”, a diretoria da CCR (CCRO3) propôs, após a divulgação do balanço financeiro de seu quarto trimestre, a distribuição de R$ 536,2 milhões em dividendos. O tema vai submetido à aprovação na assembleia-geral extraordinária (AGE) a ser realizada no próximo mês de abril.

Para Ágora Investimentos e Bradesco BBI, os principais destaques foram:

  • – i) resultados não recorrentes líquidos de R$ 583,0 milhões;
  • – ii) alavancagem financeira confortável de aproximadamente 2,90x dívida líquida/EBITDA, o que permite à CCR buscar seletivamente novas oportunidades de crescimento; e
  • – iii) guidance de investimentos para 2024 de R$ 7,3 bilhões, incluídos cerca de R$ 1,70 bilhão de investimentos que passaram de 2023 para 2024.

Em relatório assinado pos analistas Larissa Monte, Ricardo França e Victor Mizusaki, mantêm a recomendação de compra e preço-alvo derivado do modelo de fluxo de caixa descontado para o ano de 2024 de R$ 18,00, graças a:

  • – uma alocação seletiva de investimentos, ao mesmo tempo em que analisa um pipeline significativo de próximos leilões;
  • – o potencial IPO ou venda de participação minoritária na CCR Airports, que poderia marcar a mercado o valor desta divisão e destravar cerca de R$ 3,00 por papel CCRO3; e, por fim,
  • – uma TIR alavancada de 9,5%.

 

Já a XP Investimentos, por sua vez, destacou:

  • – i) o contínuo aumento do tráfego nos aeroportos e da mobilidade urbana, impactados positivamente pela recuperação económica (tráfego total aumentou +10% A/A e +4% A/A respectivamente); e
  • – ii) aumento do EBITDA impactado principalmente pelo crescimento do EBITDA de rodovias e mobilidade urbana (+15% A/A e +30% A/A, respectivamente).

 

Por fim, o BTG Pactual (BPAC11) observou que os números operacionais da CCR continuam a indicar uma recuperação gradual do tráfego. Mais importante ainda, a CCR reduziu fortemente o risco da sua carteira com os reequilíbrios firmados no período.

Além dos resultados, analistas esperam que os investidores acompanhem de perto os seguintes temas:

  • – i) integração dos ativos recentemente adquiridos e seus retornos reais;
  • – ii) estratégia de alocação de capital; e
  • – iii) gestão da alavancagem financeira.

 

Por considerar notáveis as melhorias na governança corporativa e desenvolvimentos regulatórios positivos, analistas consideram o CCR uma opção atrativa de investimento de longo prazo, especialmente dada a sua atratividade TIR real de 10%.