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CCR (CCRO3) fez bem em não participar em leilão do aeroporto de Congonhas, destaca Bradesco BBI

Com ou sem novos terminais, a divisão da empresa no segmento ganhou escala suficiente para buscar um IPO e/ou vender uma participação minoritária nesta subsidiária, dizem analistas

CCR - Divulgação
CCR - Divulgação

Na opinião do Bradesco BBI, a CCR (CCRO3) fez uma boa decisão em não participar do leilão do aeroporto de Congonhas.  

A companhia era uma das principais candidatas para arrematar o bloco SP/MS/PA/MG, que incluía o ativo e outros dez terminais aeroviários menores, mas desistiu de sua participação às vésperas do certame.

A Aena venceu o leilão deste bloco de aeroportos com um lance agressivo de R$ 2,450 bilhões, que implica em um prêmio de 231% sobre a taxa mínima de concessão.

Aena se tornou a maior operadora de aeroportos privados do Brasil, com 24 milhões de passageiros em 2022E, e supera a CCR, com seus 14 milhões de passageiros

Mesmo assim, em 2023 o governo federal deve leiloar dois grandes aeroportos no Rio de Janeiro: Santos Dumont (centro) e Galeão (internacional) –, com um tráfego de passageiros de aproximadamente 22,6 milhões (pré-pandemia).

Para os analistas, a CCR desponta como a candidata favorita a vencer este leilão, pois a empresa possui escala para fazer uma oferta competitiva e também exposição geográfica às regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Enquanto isso, a Aena precisa digerir seu novo bloco de aeroportos. A ausência de outros players globais, como Fraport e o aeroporto de Zurique, também sugerem que a CCR pode não enfrentar uma concorrência acirrada por esses ativos no ano que vem.

Por fim, acreditam que com ou sem novos aeroportos, a divisão de Aeroportos da CCR ganhou escala suficiente para buscar um IPO e/ou vender uma participação minoritária nesta subsidiária para desbloquear valor e financiar sua estratégia de crescimento.

Analistas do Bradesco BBI mantém classificação outperform para a CCR (CCRO3), com preço-alvo de R$ 16,00 ao fim deste ano.