O faturamento do Varejo em abril de 2024 caiu 1,8%, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com o indicador de varejo da Cielo (CIEL3), o ICVA.
Esse é o segundo mês seguido de retração. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, houve alta de 0,7%.
As vendas de Bens Não Duráveis caíram 3,4%, puxadas principalmente pelo segmento de Varejo Alimentício Especializado.
Já Bens Duráveis e Semiduráveis teve queda de 1,7%. A variação mais negativa nesse macrossetor foi registrada em Vestuário e Artigos Esportivos.
O macrossetor de Serviços foi o único a registrar alta no faturamento (+2,7%), com destaque para o setor de Turismo e Transporte.
“A retração do Varejo em abril está associada à queda no faturamento de importantes segmentos da economia brasileira, como vestuário, mercados e restaurantes”, diz Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
“No caso dos supermercados, dois fatores ajudam a explicar a baixa: a inflação setorial e a Páscoa, que não foi celebrada em abril em 2024, diferente do que ocorrera em 2023. A Páscoa costuma ser um forte indutor do consumo” acrescenta.
Apesar da queda do Varejo como um todo, alguns setores apresentaram alta no faturamento em abril. Foi o caso de Drogarias e Farmácias, beneficiado com reajuste de preços aplicado no início do mês, e Materiais para Construção, que voltou a crescer pela primeira vez desde junho de 2021, período de pandemia da COVID-19.