A Cielo (CIEL3) é uma das ações com maior potencial de crescimento dentro do universo de cobertura do BTG Pactual, com preço-alvo de R$ 7,60 em doze meses.
O banco projeta uma alta de mais de 60% e indica compra "para quem tiver paciência". Nesta quarta-feira (21), as ações recuavam 0,64%, a R$ 4,68, por volta de 14:48.
A companhia protocolou nesta terça-feira (20) um fato relevante anunciando a desistência de um processo judicial em que a empresa questionava o aumento da Alíquota de COFINS entre 2004 e 2017.
Esta decisão foi tomada pelo conselho de administração da empresa após avaliações internas com conselheiros, e com base no fato de que o Supremo Tribunal Federal (STF) já examinou casos semelhantes, deixando a Cielo sem expectativa de sucesso quanto ao defesa da empresa.
A desistência não terá qualquer impacto nos resultados da empresa ou na disponibilidade de caixa, pois já haviam feito provisões e depósitos judiciais no balanço para este assunto (R$ 1,5 bilhão).
Adicionalmente, a Cielo esclarece que a provisão para riscos gerou créditos tributários diferidos (DTA) relativos a imposto de renda e contribuição social, que já foram reservados.
No futuro, a empresa poderá se beneficiar da monetização desses créditos, pois o valor provisionado já pode ser abatido no pagamento do lucro tributável de acordo com a legislação fiscal aplicável.
Portanto, a medida deve ajudar a gerar mais fluxo de caixa nos próximos períodos, segundo análise do BTG Pactual.
A partir do primeiro trimestre de 2023, os créditos tributários totalizaram R$ 515 milhões (basicamente o valor provisionado – R$ 1,5 bilhão – multiplicado pela alíquota atual de 34%).
ISS
O banco ressalta que o Supremo Tribunal Federal decidiu que o ISS sobre serviços de saúde e serviços financeiros devem ser pagos no local do prestador de serviços.
Neste sentido, o BTG espera que a Cielo consiga reverter R$ 405 milhões provisionados em seu balanço referente à discussão do ISS já no segundo trimestre deste ano.
Com a reversão, a companhia registrará um ganho equivalente a 3% de seu valor de mercado e 2% do patrimônio, e não não precisa mais fazer provisões com alíquota maior de ISS nos próximos trimestres.