Na última segunda-feira (15), a ClearSale (CLSA3) informou ter registrado um prejuízo de R$ 5,5 milhões no segundo trimestre deste ano. O montante reverte um lucro apurado doze meses atrás.
O EBITDA foi negativo em R$ 14,3 milhões entre abril e junho. A receita líquida subiu 9,7%, a R$ 123,1 milhões no período.
De acordo com o BTG, os resultados foram medíocres.
Se esta tendência continua, o crescimento da receita consolidada da ClearSale deve desacelerar acentuadamente ano a ano já no próximo trimestre, já que a integração, principal impulsionador do crescimento e as composições na base de comparação, não vai ser tão mais fácil, dizem analistas.
Por fim, a operação internacional foi o destaque para o BTG. Entretanto, analistas do banco destacaram que os resultados, em geral, esclarecem que as expectativas para o crescimento original eram irreais. A ação caiu 77% desde o IPO.
Eles acham que a avaliação segue atraente. ClearSale tem um mercado limite de R$ 1,08 bilhão e encerrou o 2T22 com caixa líquido de R$ 472 milhões,
EV de R$ 609 milhões.
Portanto, CLSA3 tem sido negociada a 8,6x o EBITDA de 2020.
Se a empresa puder navegar a tempestade atual (líderes de mercado com décadas de experiência em fraudes), então a ação pode oferecer aos investidores um potencial atrativo de alta.
Analistas também acreditam que a empresa pode se tornar alvo de M&A nas condições atuais.
Eles recomendam a compra, com preço-alvo de R$ 36,00 por ação.