
Ganhar dinheiro enquanto se dorme ou toma um café em uma manhã tranquila, é o sonho de muitos investidores. E, para boa parte deles, esse sonho tem nome e sobrenome: dividendos — a fatia do lucro que as empresas distribuem aos seus acionistas.
A ideia parece simples: comprar ações de empresas, receber uma parte dos lucros periodicamente e, com o tempo, transformar isso em um fluxo constante de renda que substitua o salário.
No entanto, transformar esse sonho em realidade exige disciplina, estratégia e uma boa dose de paciência.
Por isso, veja a seguir dicas de como formar renda passiva em dividendos:
O que são dividendos?
Dividendos são como uma participação nos lucros das empresas: ao comprar ações, o investidor passa a ser sócio de uma companhia e, como tal, tem direito a receber parte dos lucros que ela decide distribuir.
Essa distribuição pode acontecer de forma mensal, trimestral ou anual, dependendo da política da empresa.
Empresas mais consolidadas, especialmente as do setor elétrico, financeiro e de consumo básico, costumam ser campeãs na entrega de dividendos. A vantagem? O dinheiro cai direto na conta do investidor — sem precisar vender ativos ou fazer malabarismos financeiros.
Como montar uma carteira para viver de dividendos?
Segundo especialistas, o caminho começa com a seleção de boas pagadoras de dividendos, com histórico sólido e lucros consistentes.
Além disso, é importante também manter uma diversificação setorial, reinvestir os dividendos recebidos e adotar uma visão de longo prazo.
A princípio, esse reinvestimento é a chave para o efeito bola de neve dos juros compostos: com o tempo, o patrimônio cresce mais rápido e a renda passiva se torna cada vez maior.
Segundo a consultoria Bain & Company, o Brasil é hoje um dos países com maior potencial de crescimento para estratégias de renda passiva com dividendos, devido ao tamanho do mercado e à atratividade de setores que mantêm boa previsibilidade de lucro — como energia e bancos.
Quais setores mais pagam dividendos?
Entre janeiro de 2020 e dezembro de 2024, as empresas brasileiras distribuíram aproximadamente R$ 1,3 trilhão em dividendos. Os setores que mais contribuíram para esse montante foram:
- Petróleo e Gás: R$ 509,8 bilhões
- Finanças e Seguros: R$ 234,7 bilhões
- Mineração: R$ 195,6 bilhões
- Energia Elétrica: R$ 121,1 bilhões
- Alimentos e Bebidas: R$ 60,2 bilhões
Empresas destaques em distribuição de dividendos
Dentro desses setores, algumas empresas se sobressaem pela consistência e volume de dividendos pagos:
- Petrobras (PETR4): Líder absoluta, a estatal distribuiu R$ 472,9 bilhões aos acionistas no período, refletindo sua eficiência operacional e políticas de preços.
- Itaú Unibanco (ITUB4): No setor financeiro, o Itaú destacou-se com pagamentos totais de R$ 27,89 bilhões em 2024, resultando em um dividend yield de 7,8%.
- Vale (VALE3): A gigante da mineração distribuiu R$ 21,93 bilhões em 2024, com um dividend yield de 10,4%.
- Banco do Brasil (BBAS3): O banco estatal pagou R$ 12,52 bilhões em dividendos em 2024, alcançando um dividend yield de 10,8%.
- BB Seguridade (BBSE3): No segmento de seguros, a empresa distribuiu R$ 5,3 bilhões em 2024, com um dividend yield de 7,3%.
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