Durante o Copel Day, realizado nesta quarta-feira, 18 de setembro, o diretor de relações com investidores da Copel (CPLE6), Luiz Mello, assegurou que a companhia está determinada a conciliar a distribuição de dividendos com um sólido crescimento.
As informações são do site MoneyTimes.
Em um contexto de estabilidade do setor elétrico, a apresentação destacou resultados positivos da empresa, que viu seu EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado crescer de R$ 3,10 bilhões em 2018 para R$ 5,80 bilhões em 2023.
Copel (CPLE6) promove aumento de investimentos na rede de distribuição
Mello enfatizou que a Copel está em uma trajetória de aumento dos investimentos, especialmente na rede de distribuição.
Ele ressaltou que a companhia enfrentava uma das redes mais depreciadas do setor, o que evidenciava a necessidade urgente de melhorias.
“Existia a necessidade de fazer investimentos na melhoria de qualidade para que a distribuição passasse a fazer parte relevante da base de ativos e, consequentemente, melhorar a remuneração aos acionistas”, afirmou Mello.
Projetos estruturantes
O diretor mencionou dois programas principais:
- – o Paraná Trifásico, que visa expandir em 25.000 quilômetros de novas redes, e;
- – a rede inteligente Smart Grid, que permite uma operação mais remota e eficiente.
Mello acrescentou que, em 2025, a Copel deve iniciar um novo ciclo de investimentos – este o último ano do ciclo tarifário.
“Isso se reflete nas nossas expectativas e na nossa base de remuneração. Não faremos nada, simplesmente, por crescer”, declarou. Mello afirmou querer apenas atrair valor.
Copel (CPLE6) está a caminho para o Novo Mercado?
Durante o evento, Mello revelou que a Copel tem planos de se adentrar no Novo Mercado, um segmento da B3 que exige padrões mais rigorosos de governança corporativa.
“Dependemos de alguns outros fatores, mas está nos planos da companhia evoluir para o Novo Mercado. Tendo feito essa lição de casa, o próximo passo é a expansão. Temos o crescimento orgânico no segmento de distribuição, mas também avaliaremos oportunidades de crescimento”, destacou.
Equilíbrio entre os dividendos e o crescimento
Mello enfatizou como fundamental o equilíbrio entre o pagamento de dividendos e o crescimento.
“Durante todo esse processo, queremos ter um equilíbrio entre o pagamento de dividendos e o crescimento”, disse.
O executivo deseja buscar bons investimentos que agreguem valor ao papel, e pagar dividendos conforme a política.
Se não houver investimentos para fazer, Mello diz haver a tendência de pagar mais dividendos.
Desinvestimentos e foco no core business
Nesta semana, a Copel finalizou o desinvestimento total da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), e recebeu 40% do valor total de R$ 906 milhões, corrigido de acordo com o contrato.
Mello indicou que pequenas centrais hidrelétricas estão em processo de desinvestimento, em alinhamento de estratégia com o foco em distribuição de energia elétrica.
Política de dividendos da Copel (CPLE6)
De acordo com a política de dividendos atual da Copel (CPLE6), metade dos recursos provenientes das vendas vai ser destinada aos acionistas, enquanto o restante vai ser definido em reunião com o conselho de administração.
Essa abordagem visa garantir que os investidores sejam recompensados enquanto a companhia mantém a flexibilidade necessária para realizar novos investimentos.
As informações são do site MoneyTimes.