
Rubens Ometto, presidente do conselho da Cosan (CSAN3), tem intensificado o processo de desinvestimentos da companhia e delegou uma ordem clara: “vender, vender e vender o que puder” para sair da alta alavancagem.
Segundo o colunista do O Globo, Lauro Jardim, a companhia está se desfazendo de ativos importantes, com o objetivo de fortalecer sua posição financeira e reduzir sua dívida.
A Cosan agora avança com a venda de sua refinaria e postos da Raízen (RAIZ4) na Argentina. O banco BTG Pactual ficará responsável pela condução do negócio, que deve movimentar uma parte significativa do portfólio de operações internacionais do grupo.
Esse passo visa ajustar a estrutura de capital da Cosan e aliviar sua exposição a mercados externos, especialmente no setor de combustíveis.
Além disso, o conglomerado também se prepara para vender suas usinas de açúcar e álcool no Mato Grosso do Sul, bem como o Porto São Luís, no Maranhão. O mandato para essa transação foi confiado ao Itaú, que auxiliará na venda desses ativos estratégicos no setor de infraestrutura e agronegócio.
Tentativas…
Recentemente, a Cosan vendeu sua participação acionária na Vale (VALE3), em transação estimada em cerca de R$ 9 bilhõe.
Os executivos à frente da companhia justificaram que a decisão foi tomada com base no objetivo de reduzir o endividamento.
Isso porque, no quarto trimestre de 2024, a dívida líquida da Cosan foi de R$ 23,462 bilhões, o que representa um aumento de R$ 1,753 bilhão em relação ao trimestre anterior.
“A Vale é um ativo extraordinário e confio muito na nova gestão. Entretanto, o patamar atual da taxa de juros nos obriga a reduzir a alavancagem da Cosan”, disse Rubens Ometto.
As informações são do Lauro Jardim, no O Globo.