
Mesmo com um prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão em 2024 e uma dívida líquida consolidada de R$ 35,7 bilhões, a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (CSNA3) propôs um aumento significativo na remuneração de sua alta liderança para 2025.
Segundo o colunista do O Globo, Lauro Jardim, a proposta inclui um reajuste de 70% na remuneração da diretoria, passando de R$ 58 milhões para R$ 99,7 milhões, e um aumento de mais de três vezes na remuneração do conselho de administração, de R$ 1,6 milhão para R$ 5,5 milhões.
Benjamin Steinbruch, que ocupa simultaneamente os cargos de presidente executivo e presidente do conselho, seria um dos principais beneficiados por essa medida.
A proposta de aumento ocorre em um contexto financeiro desafiador para a CSN.
Em 2024, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão, revertendo o lucro de R$ 402,6 milhões obtido em 2023.
Esse resultado negativo é atribuído à queda nos preços das commodities e ao aumento das despesas financeiras.
Além disso, a dívida líquida da companhia aumentou 16,4% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 35,7 bilhões no quarto trimestre de 2024.
A princípio, a proposta de aumento na remuneração da alta liderança será submetida à votação na próxima Assembleia Geral Ordinária da CSN.
A decisão caberá aos acionistas, que deverão avaliar se os resultados financeiros da empresa justificam os reajustes propostos.
Enquanto isso, os trabalhadores da CSN aprovaram recentemente um acordo coletivo que prevê reajustes salariais de 5,85% para salários até R$ 5 mil e de 4% para salários acima desse valor, além de benefícios como aumento no valor do cartão alimentação e auxílio-creche.
As informações são do Lauro Jardim, no O Globo.