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Cury (CURY3): por que a construtora permanece como top pick do BTG no segmento de baixa renda?

O alto ROE de Cury deve permanecer neste patamar e a geração de caixa deve solidificar, dizem analistas

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Em relatório publicado na sexta-feira (16), o BTG Pactual reiterou a Cury (CURY3) como sua top pick no segmento de baixa renda. Analistas se reuniram com o CEO da companhia, Fabio Cury.

O governo anunciou recentemente algumas mudanças no programa Casa Verde e Amarela (CVA) que foram muito positivas para o setor:

(i) maiores subsídios para compradores de casas;

(ii) aumento dos limites de elegibilidade de renda;

(iii) extensão do prazo de vencimento da hipoteca para 35 anos; e

(iv) permitir que os compradores de imóveis coloquem seus depósitos mensais do FGTS para pagamento de suas hipotecas.

Em suma, a notícia foi realmente positiva para as construtoras de baixa renda como a Cury, que devem aumentar os preços de venda e observar uma aceleração na velocidade de vendas de estoque, o que significa que as margens e o giro de ativos aumentarão.

Ou seja, o alto ROE de Cury deve permanecer alto e a geração de caixa, sólida.

Nesse sentido, o BTG Pactual revisou os números para incorporar o forte segundo trimestre somado à perspectiva sólida e incluíram no modelo de avaliação: 

(i) mudanças anunciadas recentemente no programa CVA (definitivamente bom para Cury);

(ii) resultados do segundo trimestre mais fortes do que o esperado; e

(iii) lançamentos e vendas acima do esperado neste ano (já que a Cury conseguiu crescer bastante as operações).

Com base em novas previsões, a Cury negocia a um P/L 2023E muito atraente de 6x (dividend yield de 10%), enquanto o BTG projeta que a empresa pode continuar a apresentar um grande crescimento de LPA com alto ROE.

Portanto, Cury não tem apenas uma recomendação de compra, mas também se destaca como Top Pick em habitação de baixa renda, com preço-alvo de R$ 16,00 por ação (potencial de valorização de 55%).