Na quarta-feira, 16 de outubro, a CVC (CVCB3) comunicou que foi aprovada a ratificação do acordo alcançado em setembro com a maioria dos debenturistas, que visa o reperfilamento de suas dívidas.
Durante a formalização do acordo, a CVC (CVCB3) informou que representantes de 75% das debêntures da quarta emissão, além de todos os títulos da quinta emissão da empresa, aceitaram os principais termos e condições de pagamento propostos.
A CVC destacou que o acordo foi um passo importante para expandir sua capacidade de crescimento sustentável e promover novos investimentos.
Para que as condições pactuadas em setembro fossem efetivas, era necessária a ratificação em assembleia-geral de debenturistas, realizada com sucesso na data desta quarta-feira (16).
Quais são os principais termos do acordo?
Um dos principais termos do acordo inclui uma amortização extraordinária obrigatória de aproximadamente R$ 160 milhões.
A CVC (CVCB3) explicou que essa medida vai proporcionar uma imediata redução da dívida bruta da companhia, que era de R$ 799,2 milhões ao final do segundo trimestre de 2024.
CVC (CVCB3) informou alteração de prazos e condições
O reperfilamento das dívidas envolve o alongamento da carência e do prazo de vencimento das debêntures, que agora estão programadas para outubro de 2028.
A amortização do principal vai ocorrer em cinco parcelas semestrais, iguais e consecutivas, a começar em outubro de 2026.
A companhia vai ter a possibilidade de realizar o pré-pagamento dos títulos a partir de março do próximo ano, mas essa antecipação vai vir acompanhada de um prêmio de 0,50%.
Outro aspecto positivo do acordo foi a redução nos juros remuneratórios, que cairão de CDI + 5,50% para CDI + 4,85% após a amortização extraordinária.
Além disso, caso a CVC (CVCB3) alcance um rating mínimo de BBB- ou equivalente, as taxas podem ser ainda mais reduzidas, a CDI + 4,50%.
Por fim, o acordo inclui uma modificação nas garantias legais das debêntures.
Os recebíveis de cartões de crédito, que somam R$ 93,30 milhões, serão liberados e substituídos por boletos da mesa de crédito, o que pode oferecer maior segurança financeira para os investidores.