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Dexco (DXCO3): Ágora e Bradesco BBI reiteram recomendação neutra

Analistas reduziram preço-alvo a R$ 8,00 por ação

Após os resultados do quarto trimestre, a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI permanecem com a recomendação neutra para as ações da Dexco (DXCO3), enquanto reduziram o preço-alvo para R$ 8,00 por ação.

Analistas acreditam que a baixa visibilidade das principais variáveis que afetam o consumo dos produtos da empresa (por exemplo, altas taxas de juros, endividamento das famílias, aumento do desemprego) vai continuar a prejudicar as margens e o desempenho das ações à frente.

Isabella Vasconcellos e Renato Chaves, que assinam o relatório, esperam revisões para baixo nas projeções de lucros, devido às condições de demanda mais fracas, custos ainda altos e um cenário operacional mais desafiador para Deca-Revestimentos Cerâmicos.

O EBITDA estimado pelos analistas, de R$ 1,48 bilhão para 2023, está 18,0% abaixo do consenso e 13,0% menor em relação a 2022 e, com isso,
Chaves e Vasconcellos calculam uma margem EBITDA consolidada de aproximadamente 17,0% em 2023, em comparação a 20,0% em 2022 e 28,0% em 2021.

De acordo com os analistas, a demanda por painéis de madeira no Brasil deve cair cerca de 3,0% em 2023, após uma contração de aproximadamente 15,0% em 2022, embora as exportações possam se recuperar e compensar parcialmente a fraqueza do mercado doméstico.

Dito isso, ainda veem espaço limitado para recuperação de margem devido à dinâmica entre oferta e demanda doméstica mais frouxa e custos ainda altos (margem EBITDA de 21% em 2023, contra 31% em 2021).

Os resultados da Deca-Revestimentos Cerâmicos devem continuar fracos (deterioração da demanda doméstica, pressão na margem EBITDA, perdas recentes de market share), enquanto a empresa reavalia sua estratégia sob nova administração, pontuaram os analistas.

Eles esperam margem EBITDA da Deca em 10% em 2023, contra 18% em 2021.

A geração de caixa deve ficar negativa em quase R$ 1 bilhão em 2023, impactada por resultados operacionais mais fracos, altas taxas de juros (dívida indexada principalmente ao CDI) e investimentos ainda relevantes, de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.