A Eletrobras (ELET3)(ELET6) surpreendeu positivamente o BTG Pactual, ao apresentar um balanço financeiro do quarto trimestre de 2023 (4T23) sólido e com números acima das expectativas.
No período, a empresa registrou um EBITDA (lucro antes juros) ajustado de R$ 5,39 bilhões, que supera as projeções de 15% que o banco havia feito.
O BTG destaca que a Eletrobras conseguiu manter as despesas recorrentes (PMSO) em queda de 27% em relação ao ano anterior, o que evidência progressos significativos no processo de reestruturação.
Apesar de alguns itens não recorrentes e não monetários que afetaram os resultados, como o impacto contábil do IFRS na transmissão e provisões relacionadas a contratos de energia específicos, a empresa obteve um lucro líquido ajustado de R$ 2,37 bilhões. "Isso demonstra a capacidade da Eletrobras de superar desafios e manter sua rentabilidade", comenta o banco.
Outro destaque do trimestre apontado na análise foi a redução das provisões de empréstimos compulsórios, o que contribuiu para melhorar a posição financeira da empresa.
Além disso, a consolidação de novas usinas hidrelétricas e a assinatura de novos contratos de venda de energia ajudaram a reduzir a exposição da Eletrobras à energia não contratada.
Apesar de alguns desafios enfrentados ao longo do trimestre, a companhia anunciou uma distribuição de dividendos de R$ 1,3 bilhão para o ano de 2023, proporcionando um retorno atrativo aos seus acionistas.
Diante disso, o BTG Pactual mantém uma visão otimista em relação à ELET3-ELET6, destacando-a como uma escolha sólida para investidores.
"A empresa continua focada em sua estratégia de crescimento e na busca pela eficiência operacional, o que a coloca em uma posição favorável para enfrentar os desafios do setor elétrico brasileiro e aproveitar as oportunidades de mercado que surgirem", completou o BTG, que projeta um preço-alvo de R$ 54,00 para a ação em 2024.