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Eletrobras (ELET3)(ELET6): por que a reversão da privatização parece "extremamente improvável"?

Ações da companhia sofrem intensa volatilidade em meio a um fluxo de notícias extremamente negativo do lado político

Nos últimos dias, as ações de Eletrobras (ELET3)(ELET6) foram alvo de intensa volatilidade, em meio a um fluxo de notícias extremamente negativo do lado político.

De acordo com os principais jornais do País, o governo federal gostaria de rever a privatização da empresa.

Dentre as críticas e razões que levariam a União a apostar na medida externa, são frequentemente citados:

  • – i) os direitos de voto limitados a 10% por grupo de controle independente de sua participação (o governo federal ainda detém 45% de participação);
  • – ii) desejo de maior poder de indicação em diretorias e no conselho de administração. 

Mas a Genial Investimentos categoriza o evento não apenas como “extremamente improvável”, como também acha que a empresa negocia os atuais niveis de preços em patamares pré-privatização.

Analistas mencionam que, nos termos atuais inseridos no estatuto da empresa, a eventual reestatização da empresa se daria em condições que seriam muito favoráveis se considerarmos os preços de tela das ações ordinárias da companhia.

Citam ainda a “pílula de veneno” inserida em seu estatuto, que assegura um prêmio de 200% em relação a maior cotação dos últimos 504 dias de negociação, caso algum acionista ou grupo de acionistas alcancem mais de 50% de participação na mesma.

Ou seja: o preço a ser pago deveria ser de mais de R$100,00 ação, o que implicaria em uma valorização muito expressiva em relação aos preços atuais.

Apesar dos desafios e da volatilidade, a Genial Investimentos se diz confiante no case de turnaround da empresa e que já deve começar a demonstrar resultados do recente programa de demissão voluntária tocado pela empresa.

Aos atuais níveis de preço, analistas veem a empresa negociada com expressivo potencial de valorização em relação ao preço-alvo estipulado (R$ 52,00, com recomendação de compra), Taxa Interna de Retorno (TIR) implícita de 12,5% em termos reais e múltiplos por demais deprimidos (EV/EBITDA 23E 5,3x e P/VPA 0,7x).

Para os analistas, os múltiplos nem de longe representam uma empresa privada de energia elétrica com todas as alavancas de valor que devem ser destravadas ao longo do tempo e com prazo médio das concessões de pelo menos metade das suas concessões de geração renovadas em mais trinta anos.