O BTG Pactual revisou para baixo suas expectativas para o setor de energia, cortando preços de 2023 a 2025.
Em relatório nesta quinta-feira (1), o banco destacou que após dois anos de forte hidrologia, os reservatórios voltaram a níveis bastante confortáveis, atualmente em 87,1% da capacidade, nível visto pela última vez em 2011.
E os preços de energia, altamente correlacionados com hidrologia e demanda, caíram para níveis mínimos no final de 2021, praticamente permanecendo assim até hoje.
O BTG aponta que não vê sinais significativos de retomada da demanda no curto prazo e os reservatórios ainda estão em níveis bastante confortáveis.
Neste sentido, os preços da energia continuarão pressionados, salvo um evento isolado na próxima estação chuvosa.
O BTG cortou suas premissas de preço de energia convencional para R$ 70/MWh para 2023, R$ 100/MWh para 2024 e R$ 130/MWh para 2025 (vs. R$ 150/MWh para 2023-2025 na premissa anterior).
Apesar do excesso estrutural de energia devido à incerteza de longo prazo sobre a hidrologia e o alto custo marginal de expansão, o banco manteve sua premissa de preço de energia de longo prazo em R$ 150/MWh de 2026 em diante.
Após incorporar os resultados do primeiro trimestre de 2023, o BTG revisou os preços-alvo de AES Brasil (AESB3) para R$ 12 (de R$ 14), com classificação neutra.
Para Eletrobras (ELET3), a projeção passou de R$ 64 para R$ 53, com recomendação de compra.
Já em relação à Engie (EGIE3), o preço-alvo foi para R$ 44 (de R$ 47 antes), com rating neutro.
O preço-alvo da Auren (AURE3) foi reduzido para R$ 17 (de R$ 23), enquanto a Omega (MEGA3) teve seu alvo mantido em R$ 15, ambas com recomendação de compra.