Nas compras do último Natal, a Enauta (ENAT3) foi generosa e desembolsou US$ 150 milhões por campos de petróleo da QatarEnergy operados pela Shell.
Com a transação, as ações da petroleira dispararam mais de 10% na última terça-feira, 26 de dezembro. De 2 de janeiro a 28 de dezembro do ano passado, os papéis da petroleira saltaram 50% – apenas em dezembro, as ações se valorizaram em 30,45%.
Com novos avanços que visam o aumento de sua produção, seria a Enauta a melhor ação de petroleira para investir no momento?
Para responder a essa pergunta, além da transação com a QatarEnergy, Giulia Nicola, analista da Nord Research, nos convida entender a situação da companhia.
Balanço
No terceiro trimestre do ano passado, a receita líquida da Enauta caiu 42,5%, a R$ 96 milhões, contra o mesmo intervalo de 2022, devido a problemas operacionais no Campo de Atlanta, o que o levou a uma parada para manutenção do ativo, e baixa demanda de gás do Campo de Manati.
Como consequência, seu EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 188 milhões, contra R$ 54 milhões positivos entre julho e setembro, e a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 272 milhões, o que categorizou uma reversão aos R$ 19,0 milhões de lucro líquido do terceiro trimestre de 2022.
Apesar de a petroleira ter enchido o carrinho nesse Natal, seus desafios internos de produção fazem os analistas da Nord Research ficar de fora das ações de Enauta (ENAT3).
De olho no setor
Com uma melhora nas perspectivas macroeconômicas no Brasil e nos EUA, devemos ver uma demanda crescente pela commodity em 2024. Neste cenário, a Nord Research prefere estar posicionada em empresas que dão uma perspectiva clara de crescimento, como a junior oil Prio (PRIO3).
Por dominar sem dificuldades os seus processos de extração de óleo, com uma gestão eficiente e com a entrada de um novo campo em 2024 (Wahoo), a petroleira Prio desponta como uma escolha mais segura e confiável nesse setor.