
O Saint German FIM, fundo de investimento gerido pela Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e controlado por Tanure, quer destituição completa do atual conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3).
Por isso, o fundo que gere mais de 3% das ações da companhia, pediu formalmente a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
De acordo com a Trustee, essas mudanças são vistas como necessárias para garantir uma maior eficiência e redução de custos.
Após o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as ações do GPA (PCAR3) registraram alta. Por volta das 10:32 (horário de Brasília), os papéis da companhia avançavam 5,15% a R$ 2,86.
Mudanças no conselho do Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3)
A proposta do Saint German inclui não só a remoção do atual corpo administrativo do Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3), mas também a redefinição da estrutura do conselho
A ideia é fixar em nove o número de membros, mantendo o mesmo tamanho do colegiado atual, mas com mandatos unificados de dois anos. De acordo com a proposta, o novo conselho seria composto por:
- Ronaldo Iabrudi dos Santos Pereira (Presidente)
- Cristophe José Hidalgo (Vice-Presidente)
- Marcelo Pimentel (membro)
- Helene Esther Bitton (membro independente)
- Rodrigo Tostes Solon de Pontes (membro independente)
- Pedro de Moraes Borba (membro independente)
- Líbano Miranda Barroso (membro independente)
- Eliana Ambrósio Chimenti (membro independente)
- Sebastián Dario Los (membro independente)
Entre as novidades, os maiores destaques são a indicação de Pedro de Moraes Borba e Rodrigo Tostes Solon de Pontes ao conselho do GPA, ambos vinculados a Tanure.
Em comunicado ao Seu Dinheiro, o empresário Nelson Tanure afirmou que o objetivo é garantir um crescimento sustentável e maximizar o retorno financeiro aos acionistas.
Próximos passos
O Grupo Pão de Açúcar, em comunicado, confirmou que convocará a AGE dentro do prazo legal. O fundo não pretende, no entanto, realizar grandes alterações em sua estratégia de negócios.
O foco, de acordo com o Tanure, será em práticas que tragam redução do nível de endividamento; avaliação de riscos e redução de custos.