As ações do Grupo Mateus (GMAT3), uma das maiores redes de supermercados do país, operam em forte queda nesta segunda-feira (9). Por volta das 10:45, os papéis caíam 4,95% a R$ 7,68.
O motivo? A Receita Federal emitiu uma cobrança de R$ 1,059 bilhão contra o grupo de supermercados.
A cobrança envolve o Armazém Mateus, braço de atacado do grupo, devido a exclusões de créditos presumidos de ICMS da base de cálculo do IRPJ e da CSLL entre 2014 e 2021.
Do montante total, R$ 633,2 milhões referem-se ao IRPJ, R$ 225,1 milhões à CSLL, e R$ 200,5 milhões a multas administrativas.
Em nota, o Grupo Mateus defende que as exclusões foram realizadas de acordo com a legislação aplicável.
Para a XP Investimentos, embora o aviso adicione risco a uma possível necessidade de provisionamento no futuro, esse não é o caso neste momento, pois a empresa seguiu a legislação aplicável para calcular tais exclusões.
Mas a casa destacou que irá monitorar de perto o tema e observar a reação do mercado.
Desempenho no segundo trimestre
O Grupo Mateus (GMAT3) registrou um lucro líquido de R$ 324,2 milhões no segundo trimestre de 2024, um crescimento de 11,8% na base de comparação anual.
A receita líquida se expandiu em 18,8% em doze meses, a R$ 7,64 bilhões.
Enquanto as despesas operacionais cresceram 24,6%, em um ano, para R$ 1,16 bilhão.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ) atingiu R$ 542,70 milhões entre os meses de abril e junho, alta de 7,30% em um ano.
Além disso, a margem EBITDA foi de 7,10%, retração de 0,8 ponto percentual.
A dívida líquida se expandiu de R$ 472,90 milhões a R$ 583,70 milhões trimestre a trimestre, com uma alavancagem de 0,30x o indicador dívida líquida sobre EBITDA ajustado.