Naturalmente, as empresas que estão de alguma forma ligadas ao consumo se beneficiam da maior demanda no quarto trimestre com a Black Friday – que, este ano, inclusive foi impulsionada por uma Copa do Mundo.
O ano não foi positivo para o consumo e, apesar da melhora no segundo semestre, a conjuntura ainda não parece favorável.
Em efeito à guerra na Europa, os preços dos combustíveis subiram significativamente no primeiro semestre e foi o grande responsável pela inflação crescente no ano.
A fim de resolver essa questão, o governo federal e Banco Central tomaram as respectivas atitudes: reduziu-se os impostos nas cadeias de distribuição e aumentou a Selic para inibir a demanda. As medidas surtiram efeito na inflação, que, pela primeira vez na história, registrou deflação em
três meses seguidos.
Entretanto, o varejo ainda não demonstrou sinais consistentes de recuperação, o que revela que os juros altos ainda impactam a população.
Em relatório assinado pelos analistas Luis Novaes e Régis Chinchila, a Terra Investimentos avalia alguns papéis que podem se beneficiar com o evento e realiza comparações entre rivais diretos.
Apesar do grande foco da Black Friday ser os produtos com o preço maior, em vista que os descontos serão mais representativos, os vestuários também se
destacam, pois muitos consumidores deixaram para renovar seu vestuário em momentos oportunos como o evento.
Nesse sentido, a Terra Investimentos reiterou a recomendação de compra para as ações de Grupo Soma (SOMA3) e Lojas Renner (LREN3), com preços-alvo de R$ 18,00 e R$ 37,00, respectivamente.