Às 11:38 desta quarta-feira (10), as ações de Guararapes (GUAR3), dona da marca Riachuelo, caíam 0,81%, ao preço de R$ 8,61 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do segundo trimestre da empresa.
A companhia registrou um lucro líquido de R$ 26,4 milhões no segundo trimestre de 2022, um valor 42,8% inferior ao informado um ano antes.
O EBITDA, no período, foi de R$ 261,9 milhões – expansão de 28,2% em doze meses.
Em relatório, o Bradesco BBI destacou que os resultados da companhia vieram amplamente alinhados às suas expectativas, com destaque ao lucro líquido ligeiramente superior ao projetado.
Analistas destacam que os números são decentes, principalmente em relação a recuperação nas vendas, a alavancagem operacional e a margem bruta da empresa.
Eles pontuaram, no entanto, que o crescimento do comércio eletrônico estagnou, com a penetração em queda para aproximadamente 10% do total de vendas de mercadorias, enquanto concorrentes ainda registram crescimento.
Embora a reabertura total das lojas não apresente alguns ventos contrários, parece que a Guararapes está com desempenho inferior ao líder de mercado e o Bradesco BBI suspeita que isso possa ser impulsionado pelo desejo da companhia de manter a lucratividade.
Analistas dizem ainda preferir a Renner (LREN3) no segmento de vestuário, dado o faturamento mais forte (+57% vs. 2019 em relação à Guararapes
+27%) e um impulso ainda forte em seu negócio de comércio eletrônico (+27% de crescimento A/A e 13% de penetração).
Guararapes PE 2023 de aproximadamente 9x parece atraente, mas o desconto atual de cerca de 45% vs. Renner não parece injustificado no histórico, uma vez que a concorrente entrega um faturamento mais forte, diz Bradesco BBI.
Essa lacuna pode começar a diminuir de volta para a média histórica de 30-40% se a empresa continuar a entregar resultados robustos nos próximos dois trimestres, disseram os analistas.
Eles mantêm um preço-alvo de R$ 10,00, recomendação neutra, com apenas pequenas alterações nas estimativas.