
O Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, passou a operar em queda expressiva na tarde desta terça-feira (8). A queda aconteceu após a Casa Branca anunciar a imposição de uma tarifa de 104% sobre produtos chineses a partir desta quarta-feira (9).
Por volta das 16:15 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,87%, aos 124.498 pontos, com mais um episódio da guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. O dólar também reagiu fortemente e subia 1,21%, a R$ 5,982, no mesmo horário.
Guerra tarifaria entre Estados Unidos e China
A decisão de Washington amplia a guerra comercial com Pequim com a tarifa de 104%.
De acordo com o comunicado da Casa Branca, a decisão foi tomada porque a China não retirou suas tarifas retaliatórias contra produtos norte-americanos, contrariando o acordo estabelecido com prazo até esta terça-feira (8).
A medida foi mal recebida por investidores, que impactaram o Ibovespa. O movimento também pressionou commodities, especialmente o petróleo.
Petróleo tem mais uma sessão negativa
Além do Ibovespa, os preços internacionais do petróleo recuaram novamente nesta terça.
O barril do tipo WTI para maio caiu 2,17%, a US$ 58,59, enquanto o Brent para junho recuou 3,75%, a US$ 61,82.
Quedas no Ibovespa
Entre as ações mais afetadas no Ibovespa, destaque para Vale (VALE3), que registrava queda de 5%, cotada a R$ 49,45. Ainda mais, a mineradora sofre com o recuo das commodities e com o temor de menor demanda chinesa por minério de ferro.
Além disso, os papéis da Magazine Luiza (MGLU3), Braskem (BRKM5) e Casas Bahia (BHIA3), recuava 11,83%, 5,3% e 12,52%, respectivamente. Por fim, as ações da Kingsoft Cloud Holdings (K2CG34), empresa de serviços em nuvem da China, desvalorizavam 29,55%.
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) também operava no vermelho, com queda de 0,36%, aos 3.242 pontos, nova mínima do dia.