IBOVESPA HOJE - Decisão do COPOM para Selic, Lula vs. Campos Neto, Petrobras e desoneração da folha

O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (19) em alta de 0,53%, aos 120.261,34 pontos.

Nesta quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) divulga, às 18:30, a decisão para a taxa básica de juros Selic, que, na opinião majoritária de analistas e economistas do mercado, poderá encerrar o ciclo de queda em 10,5%.

Além disso, na agenda econômica daqui, será observado o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), em sua segunda prévia referente a junho, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), às 8:00.

Já às 14:30, sai o fluxo cambial da semana pelo Banco Central.

Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (19):

Lula x Campos Neto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) foi extremamente incisivo nos ataques ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmando que ele está atrapalhando o crescimento do País e tem “lado político”, referindo-se ao jantar oferecido por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). “Cadê a autonomia desse rapaz que foi a uma festa em São Paulo?”

No mercado, a presença de Campos Neto no jantar oferecido por Tarcísio também foi criticada, inclusive pelas declarações veiculadas no jornal Folha de S.Paulo que ele não desmentiu, quando teria afirmado que topa ser o ministro da Fazenda do governador.

Mas a entrevista de Lula também incomodou, embora a torcida seja para que não influencie a decisão de hoje do COPOM.

Para Luis Otávio Leal, da G5 Partners, “foi ruim, mas não deve influenciar o Copom; vão tentar uma unanimidade”.

Sérgio Vale (MB) ainda acha que a decisão do Copom deve ser consenso, mas admite que a entrevista de Lula abriu a possibilidade de divergência. “Não estranharia se os escolhidos pelo governo optassem por -0,25 pp, mas vai ser difícil justificar.”

Já Sérgio Goldenstein (Warren) disse que “seria uma mega tiro no pé o Copom se sujeitar a pressões políticas num momento de aumento da desconfiança acerca da condução da política a partir de 2025 e de desancoragem das expectativas”.