
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira (17), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em alta de 1,04%, aos 129.650,03 pontos.
Brasil
Nesta terça-feira (22), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), Selic (juros), PIB (crescimento) e dólar em 2025, 2026, 2027 e 2028.
Além disso, investidores monitoram a participação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, na audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
Balanços
Após o fechamento de mercado, a AgroGalaxy (AGXY3), que está em recuperação judicial, divulga seu desempenho financeiro no 4° trimestre de 2024.
EUA
Nesta terça-feira (22), o mercado norte-americano monitora dos dados industriais e de serviços em abril, a serem informados pelo Federal Reserve (Fed).
Além disso, observa os dirigentes da autarquia, Phillip Jefferson e Patrick Harker, discursarem.
Trump x Powell
Após o discurso de Jerome Powell em Chicago sobre os efeitos negativos das tarifas, Donald Trump intensificou os ataques, ao acusar o Fed de prejudicar a economia.
Além disso, a sinalização do Fed de manter os juros entre 4,25% e 4,50% frustrou investidores e irritou ainda mais o presidente.
Powell afirmou que o Fed avalia qual mandato priorizar. Sugeriu alta de juros, contrariando expectativas de cortes e reforçando sua cautela.
Na segunda-feira (21), Trump minimizou a inflação e, na Truth Social, exigiu cortes imediatos, acusando Powell de desacelerar a economia com juros altos.
Ao mesmo tempo, cresce a especulação sobre uma possível demissão de Powell e o temor de que o Fed perca sua independência institucional.
Segundo analistas, essa ameaça supera até as tarifas, pois abala a credibilidade do Fed e da liderança econômica americana.
Esses cortes motivados politicamente aumentariam a inflação, exigindo correções mais duras depois, o que comprometeria a estabilidade econômica.
O HSBC reforçou a crítica: as políticas comerciais dos EUA já prejudicaram a imagem do dólar, antes visto como um ativo de proteção.
Com isso, a moeda perdeu força diante do euro e do iene. O banco agora aposta no franco suíço como alternativa mais segura.
Já a Pimco questiona a sustentabilidade do dólar como moeda de reserva e recomenda aos investidores reduzirem sua exposição na divisa americana.
A gestora também sugere posições ligadas ao aumento da inclinação da curva de juros e mais alocação em renda fixa global.
A BlackRock, por sua vez, recomenda apenas Treasuries curtos como forma de proteção. Já os de longo prazo estão subavaliados.
Para a gestora, as pressões de Trump por redução rápida do déficit podem elevar os juros dos Treasuries, gerando novas tensões.
Segundo a BlackRock, as negociações tarifárias imprevisíveis afugentam investidores estrangeiros e dificultam o financiamento da dívida pública americana.
China vs. EUA
Enquanto alertava contra acordos comerciais desfavoráveis, a China ordenou que fundos estatais suspendessem novos aportes em private equity dos EUA, segundo o Financial Times.
Sob pressão de Pequim, investidores chineses deixaram de comprometer capital com gestoras americanas e, em alguns casos, pediram exclusão total de negócios nos EUA.
A China Investment Corporation (CIC) e outros fundos estatais estão entre os que recuam, marcando uma mudança significativa na estratégia de investimentos externos.
Por décadas, instituições como a CIC e a SAFE impulsionaram o crescimento do private equity americano, hoje um setor de US$ 4,7 trilhões.
Essa reviravolta reflete a intensificação das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, que seguem em trajetória de confronto.