
ATUALIZAÇÃO DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- Fechamento: Ibovespa: -1,32%, aos 123.931,89 pontos.
- – 10:08: Ibovespa: +0,81%, aos 126.601,86 pontos.
Na sessão anterior…
Na última segunda-feira (7), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em queda de 1,31%, aos 125.588,09 pontos.
Brasil
Nesta terça-feira (8), o mercado financeiro local observa os dados da produção industrial mensal (PIM Regional) de fevereiro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sete dos 15 locais investigados pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional recuaram na passagem de janeiro para fevereiro, quando a produção industrial do país variou -0,10%.
As maiores quedas foram registradas na Bahia (-2,6%), Ceará (-1,0%) e São Paulo (-0,8%), enquanto Pernambuco (6,5%) assinalou o avanço mais intenso.
Na comparação com fevereiro do ano passado, a alta de 1,50% foi acompanhada por cinco dos dezoito locais pesquisados.
No acumulado em doze meses, o avanço de 2,6% do setor industrial foi acompanhado por quinze das dezoito localidades, e apresentaram, porém, menor dinamismo.
Além disso, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), em sua 1ª prévia de abril, foi informado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,05% na primeira prévia de abril, após alta de 0,290% na mesma leitura do mês de março.
Por fim, o Banco Central (BC) apresentou o resultado primário do setor público em fevereiro.
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De acordo com dados do Banco Central (BC), a alta dos juros eleva déficit nominal e pressiona indicadores de endividamento do setor público.
Do lado dos eventos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de evento, às 9:30. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, comparece na CPI das Bets, no Senado Federal (às 11:00). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), participa de evento do Bradesco BBI (às 17:00).
EUA
Nesta terça-feira (8), o mercado norte-americano lida com uma agenda de indicadores esvaziada.
Investidores observam o discurso da presidente do Federal Reserve (FED) de San Francisco, Mary Daly, às 15:00.
Prazo de Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu prazo até esta terça-feira (8), às 12:00, para a China retirar a tarifa de 34%. Caso contrário, ele vai aplicar mais 50% e elevar a taxação total.
Contudo, a China rejeitou a exigência. O Ministério do Comércio chinês avisou que vai responder com novas contramedidas caso os EUA ampliem as tarifas.
Assim, na quarta-feira (9) entram em vigor tarifas mais altas contra a China, outros países asiáticos e a União Europeia, que também prepara retaliações conjuntas.
Na segunda-feira (7), a Comissão Europeia propôs taxar produtos dos EUA, e reagiu às tarifas sobre aço e alumínio. A lista de retaliações busca equilíbrio interno.
De acordo com a Fitch Ratings, as novas tarifas americanas prejudicarão a receita e os lucros de setores europeus, especialmente químicos, automotivos e de tecnologia.
Fabricantes de automóveis europeus, segundo a agência, enfrentam riscos ainda maiores, especialmente nas cadeias globais de suprimento.
A resposta da China
A China respondeu rápido. O porta-voz Liu Pengyu declarou que ameaças não funcionam e que o país vai proteger seus interesses legítimos.
Ele acusou os EUA de protecionismo e intimidação econômica, e pedem ações concretas das empresas norte-americanas, inclusive a Tesla (TSLA34), para resolver o impasse.
Liu também criticou o slogan “América em primeiro lugar”, e afirmou que isso prejudica a recuperação econômica e a estabilidade global.
Para reforçar a crítica, a embaixada chinesa publicou no X um discurso de Ronald Reagan, feito em 1987, contra o uso de tarifas.
No pronunciamento, Reagan alertava que tarifas geram retaliações, colapsos de mercado e desemprego em massa. Um recado direto aos atuais republicanos.
Impacto inflacionário
Autoridades econômicas alertam para o impacto inflacionário das tarifas. Na última segunda-feira (7), Adriana Kugler, do FED, disse que controlar a inflação voltou a ser prioridade.
Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou que as tarifas são mais inflacionárias do que o previsto e alertou sobre possível recessão em andamento nos EUA.
Jamie Dimon, do J.P. Morgan, reforçou que tarifas podem causar efeitos duradouros e prejudicar o crescimento econômico global de forma significativa.
O UBS projetou que a inflação induzida por tarifas vai corroer o poder de compra nos EUA, com pico inflacionário previsto para o primeiro semestre de 2026.
Além disso, o banco apontou que a crise se transformou em novo choque de crescimento para o resto do mundo.
O J.P. Morgan considera 60% de chance de recessão. Ambos os bancos revisaram para baixo suas previsões de crescimento do PIB dos EUA para 2025.
O Goldman Sachs agora prevê que o FED vai cortar juros três vezes a partir de junho. Em cenário recessivo, os cortes podem chegar a 200 pontos-base.
Analistas do banco alertaram que a projeção pode mudar para recessão total, a depender das tarifas que forem implementadas nesta semana.