ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- Fechamento: Ibovespa: +3,11%, aos 127.790,94 pontos.
- – 15:38: Ibovespa: +3,19%, aos 127.881,25 pontos.
- – 10:14: Ibovespa: -0,84%, aos 122.887,13 pontos.
Trump aumenta tarifa da China em 125% e anuncia pausa de 90 dias nas tarifas para alguns países
Na sessão anterior…
Na última terça-feira (8), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em queda de 1,32%, aos 123.931,89 pontos.
Brasil
Nesta terça-feira (8), o mercado financeiro local observa dados do varejo medidos pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e o Índice de Preços ao Produtor (IPP), ambos referentes a fevereiro e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- IPP: Os preços da indústria nacional registraram variação negativa de 0,12% em fevereiro frente a janeiro (0,15%), e encerraram uma sequência de doze resultados positivos seguidos.
Nesse período, o ganho acumulado chegou a 9,71%.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), assim, apresentou alta de 9,41% em 12 meses e o acumulado no ano ficou em 0,03%.
Em fevereiro de 2024, a taxa mensal havia sido de 0,14%.
- PMC: Na passagem de janeiro para fevereiro, as vendas no comércio varejista no país aumentaram 0,5% e atingiram o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, e superaram em 0,30% o nível recorde anterior (outubro de 2024).
O índice volta a crescer após uma série de quatro meses de variações muito próximas de zero, consideradas como estabilidade.
Além disso, investidores ficam atentos ao que pode surgir após reunião entre Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), Fernando Haddad (PT-SP)(Fazenda), Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil, e Luiz Marinho (PT-SP), ministro do Trabalho, às 11:00.
Os efeitos da escalada da guerra comercial de Donald Trump no Brasil
Produtos chineses importados pelos Estados Unidos (EUA) ficaram 104% mais caros após Donald Trump aplicar tarifas adicionais a China.
Esse aprofundamento da guerra comercial acontece porque a China decidiu manter a retaliação de 34% sobre produtos estadunidenses, na última terça-feira (8), e mais que dobrou a aposta ao anunciar uma taxa adicional de 84%.
No mesmo dia, o Canadá começou a cobrar 25% sobre veículos norte-americanos, enquanto a União Europeia (UE) avalia contramedidas à tarifa de 20% imposta por Washington e amplia o conflito.
A China prometeu “lutar até o fim”, o que aumenta o risco de novas retaliações e intensifica o temor de recessão global, com efeitos já sentidos pelo Brasil.
Se, no início, o Brasil comemorou a alíquota mínima de 10% por acreditar que o agronegócio sairia vitorioso, agora o mercado se inquieta com as incertezas, e o dólar voltou para a casa dos R$ 6.
Os efeitos da política tarifária de Trump dominaram os debates em painel do Bradesco BBI, que reuniu empresários, gestores e investidores em São Paulo (SP).
A avaliação unânime foi que o Brasil não vai escapar ileso e vai ser afetado pela desaceleração chinesa.
EUA
Nesta quarta-feira (9), o mercado norte-americano monitora as informações da ata da reunião de março do Federal Reserve (FED), divulgada às 15:00.
O destino dos juros
Após o presidente Donald Trump intensificar as tarifas contra a China, investidores passaram a ver mais de 50% de chance de o FED retomar os cortes de juros já em maio.
A mudança reflete maior preocupação com uma recessão nos EUA do que com pressões inflacionárias, e levantam dúvidas sobre qual mandato o FED vai priorizar: inflação ou emprego.
A Fitch Ratings alertou que as tarifas dificultam novos cortes de juros, uma vez que os preços devem subir.
A Moody’s, por sua vez, apontou que a incerteza já freia investimentos, derruba as Bolsas e aumenta a busca por segurança em títulos do Tesouro norte-americano.
O Morgan Stanley revisou para baixo as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano para 0,8% em 2025 e 0,7% em 2026, em reflexo ao impacto do novo ambiente.
No Goldman Sachs, Robin Brooks classificou as tarifas de 104% como “debilitantes” e avaliou que a medida eleva o risco de choques extremos nos mercados.
Já a BlackRock também adotou postura mais cautelosa com ações dos EUA, e reduziu sua exposição de “acima da média” para “neutra”, diante da instabilidade de curto prazo, embora mantenha otimismo no longo prazo.
Donald Trump impõe recessão na Zona do Euro
As tarifas de 20% impostas por Donald Trump devem levar a Zona do Euro à recessão, segundo economistas da Pantheon Macroeconomics, que destacam o colapso na confiança dos investidores.
A consultoria alerta que, enquanto a Europa prepara uma resposta, existe uma tendência de queda ainda maior na confiança econômica.
Em coletiva na terça-feira (9), Donald Trump afirmou que a União Europeia (UE) vai precisar se comprometer a comprar US$ 350 bilhões em energia dos EUA para obter alívio nas tarifas. Ao ser questionado se isso bastaria para recuar, ele respondeu negativamente.
A fala de Trump foi uma resposta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que havia proposto eliminar as tarifas europeias sobre carros e produtos industriais dos EUA, desde que Washington fizesse o mesmo.