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IBOVESPA HOJE - Serviços no Brasil, inflação medida pelo CPI nos EUA e falas do FED são destaques

Na última quarta-feira (9), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, encerrou o pregão em alta de 3,11%, aos 127.790,94 pontos

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Ibovespa hoje
Mercado brasileiro reage aos dados de inflação dos EUA e aguarda anúncios de Trump sobre tarifas recíprocas, enquanto monitora resultados corporativos globais | Crédito: Reprodução

ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • Fechamento: Ibovespa: -1,13%, aos 126.354,75 pontos.
  • – 10:05: Ibovespa: -0,29%, aos 127.376,22 pontos.

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira (9), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em alta de 3,11%, aos 127.790,94 pontos.

Brasil

Nesta quinta-feira (10), o mercado financeiro local observa dados de serviços, com a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Lula promete respostas às tarifas, com trégua de Donald Trump

Na última quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, resolveu dar uma trégua e anunciou uma pausa de 90 dias sobre as tarifas de países que não o retaliaram.

Nesse mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) elevou o tom contra as medidas do republicano.

A jornalistas, em Honduras, o petista disse que o Brasil vai reagir ou recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Ele afirmou que dignidade e soberania exigem resposta firme. Mesmo assim, prometeu tentar todos os caminhos de negociação antes de adotar medidas mais duras.

A crítica direta a Trump veio logo depois. Lula reclamou da instabilidade do presidente americano, e disse que “cada dia ele fala uma coisa”.

A tarifa mínima de 10% imposta por Trump, com exceção à China, retirou do Brasil uma vantagem para expandir exportações de commodities agrícolas.

EUA

Nesta quinta-feira (10), o mercado norte-americano monitora os números da inflação, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente a março.

Além disso, vai ser observado o volume de pedidos de auxílio-desemprego na semana por lá.

O mercado financeiro vai seguir atento às falas de dirigentes do Federal Reserve (FED).

Nesta quinta-feira (9):

  • – Lorie Logan (10:30),
  • Jeffrey Schmid (11:00),
  • Michelle Bowman (11:00),
  • Austan Goolsbee (13:00) e 
  • Patrick Harker (13:30).

Novas tarifas sobre a China

A trégua de Donald Trump veio no mesmo dia em que a China anunciou uma nova retaliação (84%), o presidente norte-americano em contrapartida elevou a tarifa para produtos chineses a 125%.

Trump reduziu a dos demais para 10%, o que animou os mercados e impulsionou ativos de risco.

Em tom conciliador, Trump elogiou Xi Jinping, disse confiar em um bom acordo e culpou presidentes anteriores pelo déficit americano, não a China.

Xi, por outro lado, reforçou laços com a Europa ao anunciar negociações com a UE sobre cooperação no setor automotivo, especialmente em veículos elétricos.

A crise expôs o isolamento de Trump, que precisou recuar pressionado pelo mercado de títulos e temores de desfuncionamento financeiro nos EUA.

Analistas apontam que o estresse no mercado de Treasuries foi crucial para forçar a mudança de rumo do presidente norte-americano.

Rumores de que a China vendia títulos do Tesouro em retaliação intensificaram a tensão e colocaram em xeque a confiança nos ativos mais seguros do mundo.

Apesar do alívio, a incerteza persiste. A pausa pode abrir espaço para acordos mais racionais e para a reinserção da China no cenário global.

Líderes internacionais elogiaram a trégua. O premiê canadense Mark Carney anunciou abertura de negociações com os EUA por nova relação econômica e de segurança.

O Banco Central Europeu (BCE) e o Federal Reserve (FED) também reagiram. Francois Villeroy celebrou o retorno à racionalidade, enquanto Neel Kashkari disse que o impacto inflacionário pode diminuir.

Temores de recessão reduzidos

O Goldman Sachs descartou a recessão nos EUA como cenário-base. Já o Santander avaliou que, com a trégua, a situação passou de “calamitosa” a “apenas dramática”.

ING, mais cético, prevê que Trump deve retomar as tarifas recíprocas em breve. De acordo com o banco, a pausa não sinaliza um retorno real ao bom senso.

A China, excluída da trégua, continua como a grande incerteza. Analistas veem o País como o principal ponto de tensão que persiste no conflito.

Wedbush alertou que os danos estão feitos. Para ela, a exclusão da China afeta fortemente a indústria de tecnologia e os consumidores dos EUA.

Já a Capital Economics estimou que, mantidas as tarifas de 125%, as exportações chinesas aos EUA podem cair pela metade, o que reduziria seu PIB em até 1,5%.

Enquanto a Pantheon reforçou a gravidade: a disparidade entre as tarifas para a China e para outros países vai tornar o comércio bilateral praticamente inviável.

Ásia

China – Os dados de inflação de março na China mostraram leve alívio: o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu 0,10% na base anual e o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou 2,50%, acima das previsões.

Enquanto isso, a China prometeu intensificar negociações com a União Europeia, em busca de novos parceiros comerciais em meio à crescente tensão com os Estados Unidos.

Na terça-feira (8), o ministro Wang Wentao conversou com Maros Sefcovic, da Comissão Europeia, e ambos acertaram diálogos sobre veículos elétricos e investimentos automotivos.

O encontro aconteceu paralelamente à conversa entre Li Qiang e Ursula von der Leyen, que expressou preocupação com a oferta excessiva de produtos chineses baratos.

Europa

Alemanha – A Alemanha revisou sua projeção de crescimento para 0,10% em 2024, contra 0,8% projetado em setembro, devido ao impacto das tarifas dos EUA sobre aço, alumínio e automóveis.