
ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- – 10:10: Ibovespa: +0,01%, aos 123.879,84 pontos.
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira (12), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão com alta de 0,29%, aos 123.863,50 pontos.
Balanços
Após o fechamento de mercado desta quinta-feira (13), algumas companhias registradas na B3 e listadas no Ibovespa informam seus desempenhos financeiros referentes ao 4° trimestre.
São elas: Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3), além de LWSA (LWSA3) e Prio (PRIO3). Eletrobras (ELET3)(ELET6), Eztec (EZTC3) e Vittia (VITT3) reportarão números igualmente.
Brasil
Nesta quinta-feira (13), o mercado financeiro local acompanha a divulgação da pesquisa mensal de serviços (PMS) de janeiro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, o Banco Central (BC) informa a nota de crédito e de política monetária de janeiro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), e Gleisi Hoffmann (PT-RS), ministra da Secretaria de Relações Institucionais, reúnem-se pela primeira vez.
Orçamento
O mercado financeiro reagiu com entusiasmo à possibilidade de um corte de R$ 7,70 bilhões no Bolsa Família para equilibrar o Orçamento de 2025.
No entanto, o possível ajuste financeiro do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incorporou o Auxílio Gás, estimado em R$ 3,0 bilhões, enquanto a redução no Bolsa Família decorre do pente-fino realizado no ano passado.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator da proposta, afirmou que o corte no programa social busca um “saneamento” dentro das diretrizes de contenção de gastos.
O pacote fiscal divulgado em 2023 previa uma redução inicial de R$ 2 bilhões no Bolsa Família para 2025, mas esse valor foi elevado após novas discussões na Junta de Execução Orçamentária (JEO).
Sobre o Pé-de-Meia, o governo solicitou que os R$ 10 bilhões necessários sejam suplementados após a aprovação da Lei Orçamentária (LOA), já que o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) original prevê apenas R$ 1 bilhão.
Diante do cenário fiscal desafiador, o Ministério do Planejamento, de Simone Tebet (MDB-MS), solicitou o remanejamento de R$ 39,6 bilhões dentro do Orçamento.
Os gastos com benefícios previdenciários cresceram R$ 8 bilhões, e reduziram a discrepância em relação às previsões do mercado financeiro, que indicavam uma subestimação de até R$ 20 bilhões.
Outras áreas também receberam ajustes, como R$ 3,0 bilhões para projetos climáticos e R$ 678 milhões para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), afetado por restrições orçamentárias anteriores.
Na Educação, R$ 7,0 bilhões foram remanejados, inclusive R$ 4,8 bilhões destinados à ampliação das escolas em tempo integral.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) deve ser votada na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na próxima terça-feira (18) e, no dia seguinte, no plenário do Congresso Nacional.
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, a ministra Simone Tebet (MDB-MS) garantiu que a busca pela meta de déficit fiscal zero segue inalterada, apesar do atraso na aprovação do Orçamento.
Crédito consignado
Os bancos se preparam para lançar o crédito consignado privado na próxima semana, após a publicação da Medida Provisória (MP) no Diário Oficial da União (DOU), com estreia prevista para 21 de março.
O programa visa substituir linhas de crédito mais caras pela nova modalidade, que deve oferecer juros mais baixos do que os do crédito pessoal.
Inicialmente, a oferta vai ocorrer pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, onde bancos habilitados disponibilizarão opções de consignado privado em um “shopping” virtual.
A partir de 25 de abril, o serviço vai ser expandido para os canais próprios das instituições, e, em 6 de junho, vai ser permitida a portabilidade da dívida.
De acordo com Alex Sander Gonçalves, do Banco Pan (BPAN4), o produto deve ganhar força no segundo semestre e pode alcançar uma carteira de R$ 200 bilhões.
Os bancos aprovaram a medida, pois, apesar dos juros menores, o risco também foi reduzido.
O BTG Pactual estima que os juros do consignado privado fiquem em 2,890% ao mês, superiores aos 1,8% para servidores públicos e ao teto de 1,66% para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Taxas ao aço e ao alumínio produzidos no Brasil
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e dos Serviços, Geraldo Alckmin (PSD-SP), lamentou a decisão dos Estados Unidos (EUA) de sobretaxar o aço e o alumínio e admitiu possível recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Apesar disso, Alckmin ressaltou a prioridade de manter e aprofundar o diálogo com os americanos para buscar uma solução negociada.
Ele destacou a complementaridade entre as indústrias dos dois países e lembrou que o Brasil se posiciona como um grande comprador de carvão dos EUA, que mantém um superávit comercial significativo.
O vice-presidente desmentiu a informação de que teria uma nova reunião agendada com representantes do governo do republicano Donald Trump nesta sexta-feira (14).
A Amcham Brasil alertou que a tarifa de 25% impacta diretamente as exportações brasileiras e pode afetar outros segmentos do comércio bilateral ligados ao setor.
Em 2023, o Brasil exportou US$ 5,70 bilhões em aço e ferro e US$ 267,0 milhões em alumínio para os EUA, enquanto importou US$ 1,4 bilhão em carvão siderúrgico.
O Instituto Aço Brasil ainda espera que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consiga renegociar os termos estabelecidos em 2018 no primeiro mandato de Donald Trump, que vigoraram até agora.
EUA
Nesta quinta-feira (13), o mercado norte-americano observa o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e seu núcleo relativos ao mês de fevereiro.
Além disso, investidores monitoram a divulgação do volume de pedidos semanais de seguro-desemprego.
Retaliação a guerra comercial
A União Europeia (UE) anunciou medidas de retaliação contra a política tarifária do presidente americano Donald Trump, no mesmo dia em que entrou em vigor a taxação de 25% sobre aço e alumínio nos EUA.
Em Washington, Trump criticou a postura europeia e ameaçou impor tarifas sobre carros da UE a partir de 2 de abril, ao alegar desvantagens comerciais para os EUA.
O Canadá também reagiu e impôs uma tarifa adicional de 25% sobre US$ 29,8 bilhões em importações norte-americanas, e justificou a medida como uma resposta direta às taxas sobre aço e alumínio.
A ministra Mélanie Joly afirmou que o Canadá vai atuar junto à União Europeia para enfrentar as tarifas dos EUA e garantir o cumprimento dos acordos existentes.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump acompanha tanto Wall Street quanto a economia real ao avaliar os impactos da guerra comercial.
Especialistas alertam que a política tarifária de Donald Trump aumenta o risco inflacionário e recessivo, além de forçar os mercados financeiros a adotarem medidas de proteção.
Baixa no Federal Reserve
Michael Barr renunciou ao cargo de vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (FED) no início do ano para evitar conflitos com Donald Trump.
Segundo a Bloomberg, Michelle Bowman deve assumir a posição.
Europa
Zona do Euro – A produção industrial da Zona do Euro cresceu 0,8% em janeiro, em superação a previsão de 0,6%, impulsionada por uma alta de 2,30% na Alemanha.
Na comparação anual, a produção ficou estável – uma melhora em relação à queda de 1,50% em dezembro, mas ainda 3,00% abaixo dos níveis de 2021.
A indústria alemã enfrenta desafios como altos custos de energia e concorrência chinesa, mas economistas acreditam que o setor atingiu seu pior momento.
Nos 20 países do Euro, a produção de energia e bens de consumo caiu, enquanto a de bens de capital e intermediários registrou crescimento.