ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- – 10:10: Ibovespa: +0,14%, aos 131.016,63 pontos.
Na sessão anterior…
Na última segunda-feira (17), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão com alta de 1,46%, aos 130.833,96 pontos.
Balanços
Após o fechamento dos mercados desta terça-feira (18), EcoRodovias (ECOR3), Energisa (ENGI11), Taesa (TAEE11) e Vivara (VIVA3) divulgarão seus números financeiros referentes ao 4° trimestre de 2024.
Brasil
Nesta terça-feira (18), o mercado financeiro local observa dados da indústria, com a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM Regional) de janeiro, a ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), referente a março.
Isenção do IR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina às 11:30 desta terça-feira (18), no Palácio do Planalto, o projeto de lei (PL) que isenta da declaração do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil por mês. Após a cerimônia, técnicos darão detalhes sobre as fontes de receita para cobrir a renúncia fiscal.
Na última segunda-feira (17), Lula se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), o secretário-executivo da Pasta, Dario Durigan (Fazenda), e Robinson Barreirinhas (Receita Federal) para ajustar os últimos detalhes.
Haddad confirmou que o imposto mínimo para quem ganha acima de R$ 50 mil vai ser mantido. Além disso, Lula pediu para preservar os descontos de aposentados por acidente e contribuintes com doenças graves.
O ministro ainda mencionou um pedido de Lula sobre CNPJ, sem dar detalhes. Isso pode indicar a tributação de empresas incluídas na regra do imposto mínimo e que não sofreriam mudanças.
A solenidade vai contar com a presença de líderes do Congresso Nacional, como Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado Federal. A participação reforça o apoio político à medida.
Em fevereiro, Lula afirmou em entrevista que o Congresso Nacional aprovaria o aumento da faixa de isenção. De acordo com o presidente, essa era uma promessa de campanha que garantiria maior justiça social.
Na época, Lula destacou que o Ministério da Fazenda e a Receita Federal elaboraram um plano para compensar a renúncia fiscal. O custo vai ser coberto pelos mais ricos, para garantir equilíbrio nas contas públicas.
E o Orçamento?
Enquanto isso, o Orçamento de 2025 continua atrasado. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) cancelou a reunião que seria realizada nesta terça-feira (18), e o senador Angelo Coronel (PSD-BA) vai ler o texto final do relatório na quinta-feira (20). A votação ocorre na sexta-feira (21).
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou a realocação de R$ 15 bilhões do Fundo Social para financiar operações na faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida.
Essa transferência não afetaria o resultado primário, pois seria classificada como despesa financeira.
Além disso, o governo federal pediu R$ 150 milhões para reforçar a reserva de contingência do Banco Central (BC), que subiu para R$ 824,8 milhões após ter sido reduzida para R$ 674,8 milhões.
Em meio aos ajustes fiscais, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI), admitiu que não existe um estudo sobre reajuste do programa Bolsa Família, em contrariedade a declarações anteriores. A incerteza gerou reações no mercado financeiro.
Dias explicou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cortou R$ 7,70 bilhões do Bolsa Família devido à melhora na renda dos beneficiários. A redução reflete a menor necessidade de recursos para o programa.
Atualmente, 3 milhões de pessoas estão na faixa de transição e podem perder o benefício caso um membro da família consiga emprego formal. A previsão é que 900 mil deixem o Bolsa Família em breve.
EUA
Nesta terça-feira (18), o mercado norte-americano monitora a produção industrial de fevereiro, a ser divulgada pelo Federal Reserve (FED).
Um telefonema de Trump e Putin
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciou um segundo telefonema com Vladimir Putin, presidente da Rússia, nesta terça-feira (18), no mesmo dia em que afirmou que Xi Jinping vai visitar Washington em breve.
O presidente dos EUA disse estar ansioso para falar com Putin e defendeu um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, mas sem apresentar detalhes.
Sobre a visita de Xi, Trump não especificou os temas da pauta, que ocorre em meio à guerra comercial de tarifas e tensões geopolíticas entre EUA e China.
Enquanto isso, a China sinalizou interesse em fortalecer o diálogo com a União Europeia (UE) e busca cooperação em diferentes setores, de acordo com a porta-voz Mao Ning.
Trump também celebrou as tarifas comerciais implementadas e chamou o início das tarifas recíprocas, em 2 de abril, de “Dia da Libertação dos Estados Unidos”.
Tensão geopolítica
O Canadá e a França anunciaram uma parceria bilateral em inteligência e segurança, em meio às tensões com o governo Donald Trump e ao cenário global mais instável.
Durante visita a Paris, o premiê canadense e Emmanuel Macron reafirmaram apoio à Ucrânia e defenderam democracia e direitos humanos. Eles planejam convidar Volodymyr Zelensky para a cúpula do G7.
No Reino Unido, o governo de Keir Starmer afirmou que vários países estão dispostos a enviar tropas de paz para a Ucrânia caso um acordo com a Rússia seja alcançado.
Mais de 30 nações devem integrar a chamada “coalizão dos desejos”, formada para apoiar a Ucrânia na busca por estabilidade e segurança.
Queda no crescimento
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que as tensões geopolíticas e tarifas podem reduzir o crescimento global de 3,30% para 3,10% em 2025 e para 3,00% em 2026.
Nos EUA, a projeção do PIB caiu para 2,20% em 2025 e 1,60% em 2026. O Canadá e o México também sofreriam com revisões para baixo, e o México enfrentaria retração.
Por outro lado, a OCDE elevou a previsão de crescimento da China para 4,8% em 2025, e manteve-a em 4,4% para 2026.
Para a inflação, a estimativa subiu para 3,00% em 2025 e 2,60% em 2026, o que indica uma maior pressão sobre os preços nos próximos anos.