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IBOVESPA HOJE - Selic a 14,25%, balanços e reações ao COPOM e ao FOMC são destaques

Principal índice acionário da B3 inicia o dia em queda, mas se mantém acima de 132 mil pontos

ibovespa
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ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • Ibovespa encerra em queda 0,38%, aos 132.007,88 pontos.
  • – 10:12: Ibovespa: -0,11%, aos 132.358,34 pontos.

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira (19), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão com alta de 0,79%, aos 132.508,45 pontos.

Balanços

Após o fechamento dos mercados nesta quinta-feira (20), Automob (AMBO3), Brava Energia (BRAV3), Cemig (CMIG3), Cyrela (CYRE3), Eneva (ENEV3), Hypera (HYPE3), Movida (MOVI3) e Petz (PETZ3) informarão seus balanços financeiros referentes ao 4° trimestre de 2024.

Brasil

Nesta quinta-feira (20), o mercado financeiro local monitora a 2ª leitura prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), concede entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, às 8:00, e às 16:30, ao GloboNews Mais.

Selic a 14,25%

Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), confirmou o aumento de 100bps da Selic para 14,25% e ajustou o forward guidance, ao indicar um aperto menor na próxima reunião e proximidade do fim do ciclo.

O mercado financeiro local inicialmente projeta uma alta de 0,50 p.p. em maio, o que levaria a Selic para 14,75%. Alguns economistas veem esse como o último ajuste, enquanto outros preveem novas altas em junho.

O comunicado reafirma o compromisso com a convergência da inflação à meta, e a Selic de 15% começa a ser consenso, o que alinharia-se à mediana das estimativas.

O texto do COPOM justifica bem a alta de 1,00 p.p., mas atribui a desaceleração ao início da moderação econômica e aos efeitos defasados da política monetária, com o juro no maior nível desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Apesar dos sinais de esfriamento da atividade no quarto trimestre, o COPOM ainda não incluiu esse fator no balanço de riscos, embora o mercado o considere relevante.

O BC não mencionou a recente valorização do real, mas a queda do dólar para R$ 5,64 pode ter influenciado a projeção de inflação para 2026, reduzida de 4,00% para 3,90%.

O cenário externo desafiador, impactado pela política comercial dos Estados Unidos (EUA), segue como risco baixista pois pode desencadear uma recessão global e afetar economias emergentes.

O COPOM avalia que a desancoragem das expectativas de inflação, a resiliência da atividade e as pressões no mercado de trabalho exigem uma política monetária mais restritiva.

Embora o cenário não seja benigno, a condução da primeira reunião independente de Gabriel Galípolo pode reforçar a confiança do mercado na nova gestão do Banco Central (BC).

Orçamento de 2025

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) apresentou seu parecer sobre o Orçamento de 2025 na Comissão Mista de Orçamento, com votação prevista para esta quinta-feira (20).

Uma sessão conjunta do Congresso Nacional foi convocada para as 15:00, e o texto pode ir ao Plenário ainda na tarde desta quinta-feira (20).

Coronel afirmou que a demora na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) beneficiou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque permitiu ajustes até o último momento.

O Orçamento de 2025 avançou após a aprovação da nova regra para emendas parlamentares e da revalidação de recursos desde 2019, inclusive verbas do Orçamento Secreto.

EUA

Nesta quinta-feira (20), o mercado norte-americano observa o volume de pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Juros do FED

Na última quarta-feira (19), o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) decidiu manter a taxa de juros dos Estados Unidos entre 4,25% e 4,5%, conforme anunciado nesta quarta-feira (19) pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês)

Essa postura da autarquia impulsionou bolsas e dólar, enquanto os juros dos Treasuries caíram com a redução no resgate de títulos.

Jerome Powell, presidente do FED, justificou a desaceleração do balanço patrimonial devido às incertezas das tarifas comerciais do governo de Donald Trump e admitiu que elas podem prolongar a queda da inflação.

Ele reconheceu a surpresa com a inflação de bens, mas afirmou que as expectativas de longo prazo seguem ancoradas e sugeriu um impacto transitório.

FED reiterou que não tem pressa para cortar juros e reduziu de três para dois os cortes projetados para este ano, conforme indicado no gráfico de pontos.

As projeções trimestrais elevaram a mediana do núcleo do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE) para 2,80% no fim do ano e reduziram a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,70% em 2025.

Powell disse que o risco de recessão nos EUA aumentou levemente, mas segue em níveis moderados. O líder da autoridade monetária destacou a importância de distinguir sinais de ruídos no cenário econômico.

Europa

Reino Unido – Às 9:00, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou sua decisão de política monetária.

As taxas foram mantidas inalteradas em 4,50%, conforme o esperado, com oito votos contra um. Dhingra votou por um corte de taxa de 0,25 p.p.

A autoridade monetária mantém a orientação de ser necessária uma abordagem gradual e cuidadosa para remover a contenção de política.

Ásia

Na Ásia, os principais índices de ações fecharam sem direção única nesta quinta-feira (20).

China – O Banco do Povo da China (PBoC) manteve as taxas de juros (LPR) de 1 ano em 3,10% e de 5 anos em 3,60%.