
ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- Fechamento: Ibovespa encerra em alta de 0,30%, aos 132.344,88 pontos.
- – 10:05: Ibovespa: +0,10%, aos 132.109,85 pontos.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira (20), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão com queda 0,38%, aos 132.007,88 pontos.
Brasil
Nesta sexta-feira (21), o mercado financeiro local opera com a agenda de indicadores e eventos econômicos esvaziada.
Fernando Haddad
Em entrevista a GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), destacou que o impulso fiscal do ano de 2023 ocorreu porque o governo quitou quase R$ 100 bilhões em precatórios deixados pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – algo que não se repetiu em 2024.
Haddad reafirmou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e disse compreender as preocupações do mercado financeiro, mas ressaltou que não pode pautar sua atuação apenas por elas.
Em defesa da reforma da renda, no âmbito da Reforma Tributária, o ministro citou a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e afirmou que vai enfrentar a taxação dos mais ricos para promover justiça tributária.
O ministro explicou que a taxação de dividendos mira empresas que não pagam corretamente seus impostos, sem afetar aquelas enquadradas na legislação vigente.
Sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) elevar a taxa básica de juros Selic e sinalizar nova alta, Haddad reconheceu a leitura hawkish do mercado financeiro, mas evitou críticas diretas a autoridade monetária.
Nesta sexta-feira, 21 de março, Haddad concede entrevista ao Podcast Inteligência Ltda., às 19:00.
Pós-COPOM
O mercado financeiro consolidou a aposta em uma alta de 50 pontos-base na taxa básica de juros Selic em maio, o que elevaria o patamar a 14,75%.
A projeção intermediária para a Selic em 2025 segue em 15,00%, com estimativas variáveis entre 13,25% e 15,50%.
O comunicado do COPOM dividiu análises, mas afastou a possibilidade de um fim antecipado do aperto monetário, em confirmação à continuidade da política na presidência de Gabriel Galípolo.
O Itaú prevê dois aumentos de 0,50 p.p., com a Selic a 15,25% ao fim do ciclo.
Agora, o mercado financeiro aguarda a Ata do COPOM, programada para a próxima terça-feira (25), com detalhes sobre os efeitos da política monetária, o cenário inflacionário e o nível de incertezas.
Orçamento de 2025
As negociações foram impactadas por medidas de contenção de gastos e pela suspensão temporária das emendas parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) prevê um superávit primário de R$ 15,0 bilhões, investimentos de R$ 89,4 bilhões e retirou os precatórios do limite de gastos anuais.
Educação e Saúde obtiveram investimentos acima do piso constitucional, com R$ 167,10 bilhões e R$ 232,60 bilhões, respectivamente.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incluiu R$ 3,0 bilhões para o Vale-Gás e R$ 8,30 bilhões para despesas previdenciárias, mas reduziu R$ 7,70 bilhões do Bolsa Família.
As emendas parlamentares ficaram em R$ 50,5 bilhões, e o governo destinou R$ 18,0 bilhões do Fundo Social para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O Poder Executivo garantiu o poder de remanejar 30% dos recursos discricionários, apesar da tentativa dos congressistas de reduzir esse percentual para 20%.
Além disso, o governo manteve flexibilidade no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pode realocar até 25,00% dos recursos sem precisar de nova aprovação legislativa.
Enquanto isso, o Pé-de-Meia, programa educacional de R$ 10 bilhões, ficou sem verba integral no Orçamento, com recursos garantidos apenas para um mês.
EUA
Nesta sexta-feira (21), o mercado norte-americano lidera com uma agenda de indicadores esvaziada, mas observa o dirigente do Federal Reserve (FED), John Williams, discursar em conferência em Bahamas.
Trump insiste em corte de juros publicamente
O presidente norte-americano, Donald Trump voltou à rede Truth Social na última quinta-feira (20) para sugerir que o Federal Reserve (FED) deveria cortar os juros.
Ele citou a queda nos preços de ovos, mantimentos e gasolina e argumenta que uma redução nas taxas seria benéfica para a economia norte-americana.
Na quarta-feira (19), logo após o FED manter os juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, Trump havia feito uma publicação semelhante.
Retaliação adiada
A União Europeia (UE) adiou para meados de abril a imposição de tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos (EUA), de acordo com fontes da Associated Press.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, confirmou o ajuste no cronograma das tarifas, que atingiriam produtos americanos como aço, alumínio, carne bovina e jeans.
Donald Trump, por sua vez, pretende anunciar em 2 de abril tarifas “recíprocas” e elevar taxas para igualar os impostos cobrados por outros países.
Europa
Líderes europeus se reunirão em Paris, na França, na próxima semana para discutir questões ligadas aos EUA, com a presença de Reino Unido, França, Alemanha e países nórdicos.
As maiores potências militares da Europa elaboram planos para reduzir a dependência dos EUA na defesa do continente, com uma transição gerenciada em até dez anos.
As discussões buscam evitar o impacto de uma possível saída dos EUA da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), diante das ameaças de Donald Trump de enfraquecer ou abandonar a aliança.
Assim, o encontro também aborda a situação da Ucrânia e as exigências da Rússia no processo de paz.
Oriente Médio
Paralelamente, autoridades de Israel e EUA se reunirão na Casa Branca para discutir questões estratégicas sobre o Irã.
Enquanto o ministro iraniano Seyyed Abbas Araghchi afirmou que vai responder à carta de Donald Trump nos próximos dias e destaca que o documento contém mais ameaças do que benefícios.