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IBOVESPA HOJE - Balanços e CAGED no Brasil e inflação medida pelo PCE nos EUA são destaques, com expectativas por tarifas no radar

Principal índice acionário da B3 inicia o dia em queda e retorna aos 132.000 pontos

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ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:

  • Fechamento: Ibovespa encerra em queda de 0,94%, aos 131.902,18 pontos.
  • – 10:08: Ibovespa: -0,32%, aos 132.718,11 pontos.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira (27), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em alta de 0,47%, aos 133.149,09 pontos.

Esse fechamento acima dos 133.000 pontos foi o primeiro no ano, impulsionado pelo fluxo estrangeiro decorrente da rotação global de ativos com as políticas tarifárias de Donald Trump.

A queda dos juros futuros também ajudou, favorecida pelo IPCA-15 abaixo do esperado, com núcleos e serviços em desaceleração.

Além do fator Trump, a melhora na percepção sobre a economia chinesa atraiu investidores estrangeiros, dada a forte exposição do Brasil às commodities.

Balanços

Nesta sexta-feira (28), a Gol (GOLL4) e Oncoclínicas (ONCO3) divulgam seus balanços financeiros referentes aos 4° trimestre de 2024, antes da abertura dos mercados.

Brasil

Nesta sexta-feira (28), o mercado local observa dados do mercado de trabalho, com o relatório PNAD Contínua do trimestre até fevereiro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) reporta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED de fevereiro.

LEIA MAIS: Desemprego sobe para 6,8%, mas rendimento e carteira assinada batem recorde, diz IBGE

A taxa repetiu seu valor mais baixo entre os trimestres encerrados em fevereiro (6,8%), que havia ocorrido em 2014.

Além disso, Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa o Índice de Geral de Preços – Mercado (IGP-M), referente ao mês de março.

Desaceleração econômica

Relatório de Política Monetária, divulgado na última quinta-feira, 27 de março, indicou uma desaceleração da atividade econômica, com o hiato do produto projetado para recuar de 0,6% no primeiro trimestre para -0,8% no terceiro trimestre.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), reforçou essa interpretação em entrevista, e sugeriu que a autarquia pode encerrar o ciclo de aperto em breve, com a manutenção dos juros elevados por mais tempo para conter a inflação.

Após o relatório, um levantamento da AE mostrou que o mercado financeiro ainda antevê a Selic em 14,25% em maio e 15,00% em junho e julho, com ajuste final de 25 pontos-base.

No entanto, o relatório não avaliou o impacto das medidas de estímulo ao consumo lançadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar recuperar popularidade e impulsionar a reeleição.

A cada nova pesquisa que indica uma alta reprovação ao governo, iniciativas populistas se sucedem, o que intensifica a preocupação do mercado com a política fiscal.

Questionado sobre esse cenário, Galípolo afirmou que o Banco Central (BC) revisou a projeção do PIB de 2,10% para 1,90%, sem considerar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) ou o crédito consignado privado.

Apenas o saque-aniversário do FGTS foi incluído nas projeções da autoridade monetária para inflação e atividade econômica.

Além das medidas do Poder Executivo, o Congresso Nacional tentou estender por mais um mês o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

A lei de abril de 2024 prorrogava o benefício até o ano de 2027 ou até atingir R$ 15 bilhões em renúncias, valor que, segundo a Receita Federal, foi alcançado.

No fim do dia, Haddad descartou ampliar o programa, mas prometeu uma auditoria. Se a Receita Federal confirmar um valor abaixo dos R$ 15 bilhões, o governo pode buscar uma compensação.

EUA

Nesta sexta-feira (28), o mercado norte-americano monitora o Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE), referente ao mês de fevereiro.

Além disso, vai ser observado o sentimento do consumidor com o levantamento da Universidade de Michigan

Do lado dos eventos, uma nova rodada de falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), dessa vez por: Michael Barr e Raphael Bostic.

Guerra comercial generalizada

Líderes mundiais criticaram a decisão dos Estados Unidos (EUA) de impor tarifas de 25% sobre carros importados, e alertam para retaliações e impactos econômicos negativos.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, anunciou medidas de grande impacto e declarou o fim da relação econômica e militar com os EUA, o que provocou ameaças de Donald Trump.

Trump respondeu no Truth Social, e ameaçou aumentar tarifas contra o Canadá e a União Europeia (UE) caso atuem para prejudicar a economia norte-americana.

Líderes europeus condenaram a medida. Olaf Scholz chamou a decisão de erro estratégico, enquanto Emmanuel Macron prometeu retaliaçãoA UE garantiu uma resposta “oportuna e robusta”.

A líder mexicana, Claudia Sheinbaum, sinalizou uma reação no dia 3 de abril. Coreia do Sul, Japão e Reino Unido indicaram possíveis represálias.

A Fitch Ratings alertou para os primeiros impactos das tarifas no comércio global e identificou Índia, Brasil e África do Sul como potenciais alvos de retaliações em 2 de abril.

O risco tarifário levou a Moody’s a considerar cortar a nota AAA dos EUA, diante de previsões de déficits e juros mais altos.

Especialistas alertam para efeitos inflacionários. O Goldman Sachs prevê alta inevitável da inflação, com tarifas sobre carros a elevarem o núcleo de preços em 0,2 ponto percentual.

O Barclays estima que a inflação média vai subir de 2,90% para 3,0% e o PIB dos EUA pode desacelerar de 2,8% para 1,50% neste ano.

Europa

Reino Unido – O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,10% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior.

Na comparação anual, a economia britânica avançou 1,50% entre outubro e dezembro, e superou a estimativa inicial de 1,4%.

Em 2024, o PIB do país cresceu 1,10%, acima da leitura anterior de 0,90% e uma aceleração em relação ao aumento de 0,4% registrado em 2023.