A Iguatemi (IGTI11) entrou na Justiça para despejar a loja das Americanas (AMER3) de seu shopping na Avenida Faria Lima, São Paulo, cobrando R$ 2,98 milhões em aluguéis atrasados.
Essa dívida de R$ 662,2 mil da Americanas faz parte de seu processo de recuperação judicial, que prevê deságios de 50% a 80% para pagamento em até 20 anos.
A princípio, a Iguatemi reclama que a loja está desabastecida, com prateleiras vazias.
Nesse sentido, a ação judicial visa retomar o ponto, cobiçado por marcas internacionais com interesse em pagar mais que o contrato atual.
História marcada por prejuízos
A Americanas registrou um prejuízo de R$ 1,86 bilhão no segundo trimestre de 2024, um aumento de 48,1% em relação ao ano anterior.
As receitas caíram 8,6%, totalizando R$ 3,11 bilhões. No primeiro trimestre, a empresa teve um lucro de R$ 433 mil, revertendo um prejuízo de R$ 1,94 bilhão do ano passado, com receitas de R$ 3,74 bilhões.
O EBITDA (lucro antes juros) no primeiro semestre foi de R$ 1,34 bilhão, uma melhora em relação ao número negativo de R$ 1,18 bilhão do ano anterior.
Já o GMV foi de R$ 10 bilhões, uma queda de 9%, com aumento de 15,9% nas lojas físicas e queda de 55,3% nas operações digitais.
A princípio, a Americanas terminou junho com 1.622 lojas, redução em relação às 1.731 do final de 2023. O indicador de vendas mesmas lojas subiu 19,7%.
Sobretudo, a dívida da empresa aumentou para R$ 38,9 bilhões, e o patrimônio líquido ficou negativo em R$ 30,4 bilhões.