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Infracommerce (IFCM3) anuncia nova escala de parcerias de M&As;. O que pensa o BTG?

Empresa disse que negociou com os vendedores das empresas adquiridas e conseguiu prorrogar o pagamento de parte das parcelas vencidas no segundo semestre de 2022 para 2023-2027

- Thomas Lefebvre via Unsplash
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A Infracommerce (IFCM3) anunciou a nova escala das parcelas restantes que deve pagar às empresas adquiridas no ano passado. 

As demonstrações financeiras do 2º trimestre da companhia mostram que a Infracommerce ainda tem que pagar R$ 341,7 milhões às empresas adquiridas, 71% referentes à aquisição da Synapcom.

R$ 286,7 milhões foram registrados em balanço no passivo circulante, o que aumentou a preocupação dos investidores quanto à liquidez e alavancagem.

A Infracommerce disse que negociou com os vendedores das empresas adquiridas e conseguiu prorrogar o pagamento de parte das parcelas vencidas no segundo semestre de 2022 para 2023-2027.

Originalmente, a companhia tinha que pagar R$ 295,5 milhões no segundo semestre, mas agora, com a renegociação, a empresa disse que esse valor caiu para R$ 60 milhões.

Afirmou também que alguns dos vendedores que possuem ações do IFCM3 participarão do aumento de capital anunciado no mês passado – capitalização de R$ 33,9 milhões a R$ 80 milhões (12%-28% do total de ações) a R$ 5,01 por ação.

A empresa não divulgou detalhes sobre a renegociação, como novo cronograma, taxas de juros relacionadas ao adiamento ou novo preço de M&A, e etc. Mas o BTG interpreta o anúncio como uma excelente notícia.

Esta renegociação combinada com o referido aumento de capital (que deve ser ratificado no início de outubro) elimina qualquer preocupação de que a Infracommerce não consiga honrar suas obrigações, dizem analistas do banco. 

Analistas mantiveram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 25,00 por ação.